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Já vai poder rastrear equipamentos elétricos e eletrónicos em fim de vida

Hoje é o Dia Internacional dos Resíduos Elétricos. A medida prevê a colocação de dispositivos de localização nalguns equipamentos elétricos e eletrónicos que chegam ao seu fim de vida, sendo esses resíduos reencaminhados para os diversos circuitos que existem atualmente para a sua recolha e monitorizada a sua gestão.
  • Computadores velhos
14 Outubro 2021, 07h50

Para melhor fazer o tracking dos equipamentos elétricos e eletrónicos que chegam ao seu fim de vida, as três entidades gestoras dos resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE), o Electrão, a ERP Portugal e a E-cycle que apresentaram um projeto inovador que pretende, com recurso ao GPS, conhecer melhor o destino que é dados aos REEE. Esta iniciativa conta com o apoio da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Direcção-Geral das Atividades Económicas.

A medida prevê a colocação de dispositivos de localização nalguns equipamentos elétricos e eletrónicos que chegam ao seu fim de vida, sendo esses resíduos reencaminhados para os diversos circuitos que existem atualmente para a sua recolha e monitorizada a sua gestão. Desta forma, será possível saber qual o destino efetivo que acaba por ser dado a esses REEE e assim poderem ser identificadas eventuais situações de desvio e encaminhamento para operações de tratamento ilegais.

“O objetivo deste projeto é monitorizar o percurso dos equipamentos elétricos usados, a partir do momento que são colocados nos canais de recolha, identificando eventuais desvios para o mercado paralelo de forma a facilitar a realização de ações de fiscalização”, revela a nota de imprensa divulgada pelas entidades, a propósito do Dia Internacional dos Resíduos Elétricos.

Sobre esta medida, a organização ambiental Zero considera-a “muito positiva” uma vez que vai permitir, não só, a identificação das operações ilegais mas também ajudar no controlo dos crimes ambientais na área dos REEE. Além das vantagens que surgem nesta medida em termos de gestão, a Zero relembra que os “REEE contêm na sua composição diversos elementos que são nocivos para a saúde e para o ambiente, pelo que devem ser recolhidos e devidamente tratados”.

A mesma ONG recorda que esta medida poderá mitigar os números baixos de recolha destes resíduos, uma vez que as entidades gestoras, em 2020, apenas recolheram 15,4% dos equipamentos colocados no mercado, quando a meta das suas licenças era de 65%.

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