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Jaime Gama apontado para Chairman da CGD

A Egon Zehnder já terá identificado o futuro chairman da CGD. Jaime Gama é o nome apontado para substituir Rui Vilar. A alteração de administradores só deverá concretizar-se no próximo ano, com a Assembleia Geral.
15 Dezembro 2020, 18h38

A Egon Zehnder, que foi contratada para ajudar a identificar possíveis candidatos a administradores da Caixa Geral de Depósitos para o mandato 2021/2024, que o banco irá propor ao acionista Estado/Ministério das Finanças, terá já identificado o substituto de Rui Vilar. Trata-se de Jaime Gama que é assim apontado para a função de Chairman da CGD, sabe o Jornal Económico.

É já oficial que Rui Vilar não vai continuar como Chairman e que a Egon Zehnder procurava alguém para a função de presidente não executivo. Questionada a CGD sobre o nome de Jaime Gama para Chairman diz que “não comenta assuntos do conselho de administração da Caixa”.

No fim de outubro, o Expresso noticiou que a Egon Zehnder, empresa de headhunter foi escolhida para conduzir o processo de recrutamento dos administradores do banco do Estado para o próximo mandato, uma vez que os atuais acabam o mandato no fim deste ano. O semanário avançava que Carlos Moedas tinha sido sondado para o lugar de Chairman da CGD e que não tinha aceite.

O Jornal Económico sabe que o nome proposto agora para Presidente do Conselho de Administração é o de Jaime Gama, socialista que foi presidente da Mesa da Assembleia da República (2005-2009). Jaime Gama é atualmente Presidente do Conselho de Administração do Novo Banco dos Açores, lugar que terá de abandonar se aceitar a presidência não executiva da CGD.

Os candidatos a administradores terão de ser propostos ao Estado, único acionista da Caixa, e depois terão de passar no processo de avaliação e adequação do BCE.

Paulo Macedo, CEO da CGD, confirmou na última conferência de imprensa de apresentação de resultados trimestrais que o Ministério das Finanças designou a Egon Zhender para escolher o futuro board do banco, e que a consultora estaria à procura de gestores, “designadamente nos mercados internacionais”. O que não é de estranhar, pois neste momento o banco tem Hans-Helmut Kotz; Mary Jane Antenem e Altina Sebastián González como administradores não executivos.

Ao Expresso o Ministério das Finanças respondeu na altura que “A Egon Zehnder foi contratada pela CGD para a ajudar a identificar possíveis candidatos a propor ao acionista Estado/Ministério das Finanças que reú­nam os requisitos legalmente estabelecidos sobre a adequação dos gestores de instituições de crédito”.

Para além do Chairman, e tal noticiou o Jornal Económico, a Egon Zehnder tem a tarefa de escolher três mulheres para a Comissão Executiva da CGD, para cumprir o regulamento relativo à igualdade de género. Pelo que, para além de Maria João Carioca, caso se mantenha no próximo mandato, entrarão duas novas administradoras no próximo mandato.

O “Expresso” avançou com o nome da atual presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), mas Cristina Casalinho não tinha sido contactada até há um mês atrás, nem pela Egon Zehnder, nem pela CGD, nem pelo Estado – acionista único do banco.

O processo de identificação e seleção de candidatos a integrar o Conselho de Administração da CGD, previsto no Plano de Sucessão, designadamente em termos de diversidade de género das pessoas designadas tanto para o Conselho de Administração, como para administradores com funções executivas e funções não executivas, “deve assegurar o cumprimento da legislação aplicável e, designadamente, promover o objetivo de atingir um terço de representação do género sub-representado”, prevê o regulamento interno da CGD.

Portanto, para além do Presidente do Conselho de Administração, que substituirá Rui Vilar, a Egon Zhender procura outros gestores, incluindo duas mulheres com perfil para a administração de um banco.

A dimensão do Conselho de Administração da Caixa deverá manter-se nos atuais 17 membros, não estando prevista a redução do número de administradores, tal como noticiou o JE na edição de 13 de novembro.

O Ministério das Finanças, contactado, não respondeu.

A menos de dois meses de acabar o mandato enquanto presidente executivo da CGD, Paulo Macedo mostrou-se “disponível” para continuar ao leme do banco do Estado. Durante a conferência de imprensa da apresentação de resultados trimestrais, Paulo Macedo foi questionado sobre se estaria disponível para mais um mandato e respondeu “sim, estou”. E adiantou que “há muito trabalho que poderia fazer na Caixa”, salientando que “há uma enormidade de desafios”.

 

 

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