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Japão considera “extremamente importante” relação estável entre Estados Unidos e China

Os laços entre Washington e Pequim são “extremamente importantes”, disse o porta-voz do Governo japonês, Minoru Kihara, antes de sublinhar que o arquipélago vai continuar a apoiar-se na aliança com os Estados Unidos para instar a China a “cumprir as responsabilidades compatíveis com o seu papel” no cenário internacional.
25 Novembro 2025, 07h38

O Japão declarou hoje que considera “extremamente importante” uma relação estável entre Estados Unidos e China, numa altura de tensões sino-nipónicas e depois de o Presidente norte-americano ter falado com o homólogo chinês.

Os laços entre Washington e Pequim são “extremamente importantes”, disse o porta-voz do Governo japonês, Minoru Kihara, antes de sublinhar que o arquipélago vai continuar a apoiar-se na aliança com os Estados Unidos para instar a China a “cumprir as responsabilidades compatíveis com o seu papel” no cenário internacional.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, disse na segunda-feira à noite, que teve “uma excelente” conversa telefónica com o homólogo chinês, Xi Jinping, com quem discutiu a guerra na Ucrânia e outras questões como o tráfico de fentanil e o comércio bilateral de produtos agrícolas.

Trump acrescentou que vai deslocar-se a Pequim em abril do próximo ano para se encontrar com Xi.

De acordo com a agência de notícias estatal chinesa Xinhua, Xi argumentou durante a conversa telefónica com Trump que a chamada ‘reunificação’ de Taiwan com a China é uma “parte importante” da ordem internacional pós-Segunda Guerra Mundial.

As relações entre China e Japão estão a passar por um momento difícil, depois da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, ter afirmado recentemente que um ataque militar chinês a Taiwan poderia justificar a intervenção do exército japonês.

Pequim respondeu com duras repreensões, retaliações económicas e exigiu que Takaichi retirasse a declaração.

A China também desaconselhou viagens não essenciais para o Japão – o que levou à suspensão de centenas de milhares de viagens aéreas – e voltou a proibir a importação de marisco japonês, entre outras medidas.

Takaichi recusou na sexta-feira – exatamente um mês depois de se ter tornado a primeira mulher a liderar o Japão – a voltar atrás nas declarações sobre Taiwan e afirmou que estas refletem a “posição consistente” do Governo japonês.


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