As exportações da fileira nacional da saúde continuam a crescer e os três primeiros trimestres deste ano já pulverizaram o anterior máximo anual, passando os 4,6 mil milhões de euros.
Os dados do INE e AICEP divulgados pelo Health Cluster Portugal (HCP) mostram uma subida expressiva das exportações da fileira da saúde nos primeiros nove meses do ano, evolução que permitiu ao setor ultrapassar já o anterior máximo anual de vendas para fora do país. O ano passado havia fechado com um novo recorde, ao chegarem a 4.036 milhões de euros, mas os 4.620 milhões registados nos primeiros três trimestres de 2025 garantem já novo máximo absoluto.
Em termos comparativos, é uma subida de 43,1% numa análise homóloga, sendo que a fileira da saúde representa assim 8,7% do comércio internacional total do país de janeiro até setembro deste ano.
Ao JE, o diretor executivo do HCP mostra-se satisfeito pela evolução do ramo da saúde e das ciências da vida, sublinhando o destaque que este tem assumido no panorama exportador nacional.
“É muito positivo observar o dinamismo crescente da fileira da saúde enquanto motor do desenvolvimento económico e social do país, afirmando-se como setor de referência nas exportações”, afirmou Joaquim Cunha.
A Alemanha manteve-se como o principal destino das exportações portuguesas, sendo que em segundo lugar surge os EUA, onde a política tarifária da administração Trump tem criado, primeiro, incerteza e, posteriormente, entraves reais ao comércio livre que chegaram a gerar preocupação em diversos sectores da economia nacional e europeia. Seguem-se Espanha, França e Bélgica no top-5, detalha o HCP.
Por tipo de produto, os preparados farmacêuticos dominam de forma expressiva as vendas portuguesas para o resto do mundo, representando 83,5% do total exportado pela fileira da saúde até setembro. Seguem-se os instrumentos médicos, com 12%, os produtos farmacêuticos, com 4%, e os equipamentos de radiação, com 0,5%.
Já em setembro, e ainda antes de serem conhecidos estes números, a Confederação Empresarial de Portugal – CIP destacava a evolução positiva do setor, lembrando o salto homólogo de 85% registado nas exportações durante a primeira metade do ano.
João Almeida Lopes, presidente do Conselho da Saúde, Prevenção e Bem-Estar da CIP, elogiou a fileira, classificando-a como “dinâmica, competitiva e integrada nas cadeias de valor internacionais”, pedindo ao Estado um envolvimento ativo “na redução dos custos de contexto e na criação de condições para atrair investimento e aumentar a capacidade industrial do país na área da saúde”.
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