A bolsa de Lisboa avançou 0,95% na sessão desta quarta-feira, com os títulos do BCP a valorizarem pelo sétimo dia consecutivo e a atingirem o valor mais alto em quatro anos, desde julho de 2019. Em simultâneo, o sentimento vivido pelas principais praças europeias foi misto, com exceção para o Reino Unido, onde a desaceleração da inflação superou as estimativas e gerou ganhos de confiança nos mercados.
O Banco Comercial Português (BCP) registou ganhos de 2,33% nas suas ações, que subiram até aos 0,2506 euros, a cotação mais alta em quatro anos (desde antes da pandemia). Entre os maiores ganhos, seguiu-se a Greenvolt, a crescer 1,90%, para 6,175 euros, assim como a Navigator, que subiu 1,41%, até aos 3,156 euros.
De referir que a NOS apresentou contas que denotam uma decréscimo do lucro para 6% no primeiro semestre, até aos 80,5 milhões. Ainda assim, a reação dos mercados foi poisitiva, com os títulos da empresa a valorizarem 0,94%, para serem negociados em 3,42 euros.
Na Europa, o destaque vai para o Reino Unido. É que, após serem conhecidos os dados sobre a inflação, que desacelerou mais do que o previsto, os mercados ganharam confiança, de tal forma que aquela praça cresceu 1,81% na sessão desta quarta-feira, com o sector imobiliário a registar ganhos acentuados.
De resto, o sentimento vivido pelas congéneres europeias foi misto, depois de se saber que a inflação desacelerou para 5,5% na zona euro e 6,4% na União Europeia (UE), em junho (6,1% e 7,1%, respetivamente, no mês anterior). Em terreno positivo ficaram França, a crescer 0,11%, e Itália que ganhou 0,02%. Por outro lado, o índice agregado Euro Stoxx 50 derrapou 0,17%, enquanto a Alemanha recuou 0,10% e Espanha perdeu 0,04%.
Nas commodities, o brent ficou 0,35% mais caro, nos 79,89 dólares por barril, sendo que no caso do crude se regista uma subida de 0,26%, para 75,86 dólares.
Esta quinta-feira é dia de serem revelados mais dados importantes, desde logo sobre as contas correntes em Portugal, relativamente ao mês de maio. A somar a isto, a REN vai revelar resultados empresariais.
Lá fora, vai ser conhecida a balança comercial de Espanha relativa ao mesmo mês, assim como o índice de preços ao produtor na Alemanha em junho e dados sobre a confiança do consumidor na zona da moeda única. Vão ainda ser divulgados resultados pelo Bankinter e Nokia, entre outros grandes grupos.
Do outro lado do Atlântico, os principais índices de Wall Street negociavam em terreno positivo, ainda que de forma tímida, na expetativa para a revelação de números acerca das vendas de casas usadas nos Estados Unidos em junho.
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