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Jean-Claude Juncker critica UE pela vacinação contra Covid-19 e postura em relação ao Reino Unido

“Gostaria que os Estados membros e a comissão acelerassem os esforços para fornecer vacinas para todos e cada um na União Europeia”, pediu Juncker.
Vincent Kessler/Reuters
25 Março 2021, 18h31

O ex-presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker criticou, esta quinta-feira, a União Europeia (UE) pelo processo de vacinação contra a Covid-19 e considerou que Bruxelas devia recuar na “guerra estúpida de vacinas” com o Reino Unido, segundo o “The Guardian”.

“Gostaria que os Estados membros e a comissão acelerassem os esforços para fornecer vacinas para todos e cada um na União Europeia”, pediu Juncker. Quanto à possibilidade da atual presidente da Comissão Europeia se demitir pela gestão das vacinas, Juncker rejeitou a ideia. “Não são falhas da comissão. Essas são falhas dos Estados membros no total e, portanto, não acho que a demissão de Von der Leyen seria útil ”, garantiu Juncker acrescentando que “pelo contrário, prolongaria os atrasos pelos quais somos responsáveis”.

“É muito fácil colocar toda a responsabilidade sobre os ombros da comissão e da Sra. Von der Leyen. Todos os estados membros são responsáveis, dada a abordagem burocrática que alguns estados membros tiveram”, frisou o antigo representante da Comissão Europeia.

Sobre o Reino Unido, Juncker defende que a UE devia mudar a sua posição relativamente às vacinas e o Reino Unido. “Realmente acho que temos que recuar na guerra das vacinas. Acho que há espaço para diálogo, para discussão, para desenvolver argumentos dos dois lados. Ninguém no Reino Unido, ninguém na Europa entende por que estamos a testemunhar, segundo as notícias, uma estúpida guerra de vacinas. Não estamos em guerra e não somos inimigos, somos aliados”.

A Comissão Europeia atualizou o mecanismo de autorização de exportação na quarta-feira para permitir que as autoridades bloqueiem o envio de vacinas para países com um alto nível de cobertura de vacinação ou aqueles que restringem as exportações. Por sua vez, o Reino Unido não proíbe a exportação de vacinas, mas o governo britânico assinou um contrato com a AstraZeneca que obriga a empresa anglo-sueca a entregar as doses produzidas em Oxford e Staffordshire ao Reino Unido primeiro.

 

 

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