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Jefferies sobe preço alvo das ações do BCP para 0,75 euros e mantém recomendação de compra

O banco de investimento vê o BCP  no bom caminho para apresentar uma rentabilidade (RoTE) acima de 15% em 2026 (ou acima de 17% no contexto de um rácio de capital CET1 normalizado) e bem encaminhado para devolver aos acionistas 25% da capitalização bolsista entre 2025 e 2027.
BCP
24 Maio 2025, 16h36

O banco norte-americano Jefferies acompanha o movimento de múltiplas casas de investimento e fez um upgrade significativo da avaliação do BCP, depois da apresentação de resultados, passando o preço-alvo de 0,55 euros para 0,75 euros por ação, mantendo recomendação de compra.

O preço-alvo médio atribuído pelos analistas é de 0,68 euros/ação (segundo dados da Bloomberg).

Os analistas do Jefferies dizem que após os resultados do primeiro trimestre de 2025, “atualizámos [subimos] as nossas estimativas de subida dos lucros para o BCP em 4% em 2025; em 10% em 2026 e em 7% em 2027 e aumentámos o nosso price-target para 0,75 euros”.

O banco de investimento vê o BCP  no bom caminho para apresentar uma rentabilidade (RoTE) acima de 15% em 2026 (ou acima de 17% no contexto de um rácio de capital CET1 normalizado) e bem encaminhado para devolver aos acionistas 25% da capitalização bolsista entre 2025 e 2027.

O BCP teve um lucro de 243,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano. O resultado representa um aumento de 3,9% face aos 234 milhões registados no período homólogo.

“O primeiro trimestre bateu as expectativas ao nível dos resultados em 10%, devido a menos imparidades e melhores resultados de trading. O que considerámos particularmente positivo foi o crescimento do crédito em +1,6% face ao trimestre anterior, com o crédito às empresas em Portugal a registar finalmente um crescimento sequencial positivo, depois de ter estado em modo de desalavancagem desde a crise financeira mundial”, lê-se na nota do Jefferies.

“Esperamos que o entrave à rendibilidade provocado pelas provisões para hipotecas em francos suíços na Polónia e pelo risco soberano em Moçambique (120 milhões de euros no total no 1º trimestre) diminua gradualmente até 2026 e 2027”, acrescentam os analistas.

O Jefferies espera uma recuperação mais rápida da receita da margem financeira em Portugal, “onde prevemos que a margem financeira trimestral se mantenha estável no segundo trimestre, antes de começar a recuperar lentamente ao longo do segundo semestre. Este é o resultado de uma melhor dinâmica nos volumes”, dizem os analistas.

“Por conseguinte, esperamos que a receita da margem financeira se mantenha estável em relação ao ano anterior este ano e que depois cresça a cerca de 3% por ano, com potencial de subida se o crescimento dos empréstimos a empresas  exceder o nosso pressuposto de 3,6% CAGR (taxa de crescimento anual)”, acrescentam.

O Jefferies olha ainda para o banco polaco controlado em 50,1 % pelo BCO, o Bank Millennium.

“Esperamos que a rendibilidade do negócio polaco melhore gradualmente em 2026, e particularmente em 2027, à medida que o provisionamento em relação à carteira de hipotecas em francos suíços chega ao fim”, refere o banco de investimento que acrescenta que na sua estimativa, prevê 350 milhões de euros e 120 milhões de euros em provisões em 2025 e 2026, antes de se tornar insignificante a partir de 2027.

Para além do Jefferies, outras três casas de investimento – Mediobanca, CaixaBank BPI e Oddo BHF – também subiram o “price-target” para as ações do banco liderado por Miguel Maya.

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