A Jefferies anunciou hoje que a recomendação da EDP e EDP Renováveis (EDPR) fica inalterada em ‘manter’ para as duas cotadas.
Já o preço-alvo da EDPR sobe 13% de 8,70 euros para 9,8 euros por ação, à boleia da subida de 11% em nova capacidade de 1,4 gigawatts por ano para 1,55 gigas.
Na EDP, o preço-alvo sobe 15% dos 3,30 euros para os 3,8 euros por ação, à boleia da subida de 11% na avaliação da EDPR.
A família EDP negoceia hoje em terreno positivo, com a EDP nos 3,540 euros e a EDPR nos 8,87 euros.
Sobre os EUA, os analistas consideram que existe um “baixo risco associado com os projetos” neste país, mas o “tema-chave é crescimento. Dos nossos encontros recentes, observámos um interesse crescente na EDP/EDPR, especialmente com a claridade adicional em relação ao IRA e aos riscos das tarifas que contribuíram para um aumento de 24% no preço das ações desde o início de abril”.
“Apesar de esperarmos impactos muito limitados nos impactos das tarifas ou do IRA em 2025-26, a incerteza permanece sobre o crescimento no longo prazo além deste período”, pode-se ler.
Sobre o potencial de crescimento, nos últimos 5 anos a empresa acrescentou uma capacidade bruta de 2,5 gigas, com 43% nos EUA, 29% na Europa 28% em mercados emergentes (Latam e APAC).
“Dado o foco estratégico nos EUA e a evolução regulatória sob o IRA”, a Jefferies criou três cenários de crescimento. No cenário base, espera adições anuais de 1,6 gigas a partir de 2027, com 400 MW nos EUA e 1,2 gigas no resto do mundo, a um preço médio de 58 euros/MWh. “Consideramos que este é um cenário realista dados os constrangimentos do balanço e alinhado com o guidance para 2026, que mostram uma pausa importante versus a média dos 5 anos”.
No plano estratégico apresentado em 2023, a companhia esperava acrescentar 4,5 gigawatts por ano até 2026. Em 2024, reviu o plano em baixa prevendo instalar 3 gigawatts anuais. Este ano, anunciou nova desaceleração do investimento renovável: 2 gigas em 2025 e 1,5 gigas em 2026.
A companhia justificou a decisão de nova redução este ano com “eventos traumáticos para o setor energético” devido a “disrupções das cadeias de abastecimento e do aumento do custo de capital”, disse o CEO Miguel Stilwell d’Andrade em fevereiro numa chamada com analistas. “Os projetos demoram tempo e ao tentarmos crescer rápido, levámos com estes impactos”.
No cenário bull, a companhia entrega 2,6 gigas por ano (800 MW nos EUA e 1,8 gigas no resto do mundo), apoiados por preços mais elevados nos EUA, com um preço médio assumido de 61 euros/MWh (mais 7% face ao Q12025).
No cenário bear, o crescimento recua para 1 giga anual (200 MW nos EUA, 800 MW no resto do mundo), com um preço médio de 55 euros/MWh.
Sobre o IRA, a companhia diz ainda manter uma postura de “cautela”, apesar de ver mais riscos altistas do que baixistas, com algumas partes do IRA ainda poderem pesar nos créditos fiscais.
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