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João Galamba: Leilão de energia solar com ganhos de 600 milhões de euros em 15 anos para os consumidores

O secretário de Estado da Energia destacou que num dos lotes do leilão foi atingida a “tarifa mais baixa do mundo (14,76 euros por megawatt/hora). Não há nenhum leilão no mundo até hoje feito que tenha tido uma tarifa tão baixa”. 
31 Julho 2019, 07h49

Terminou o primeiro leilão de energia renovável que teve lugar em Portugal desde 2006. O processo terminou com a atribuição de 1.150 megawatts (MW) do total de 1.400 MW que estavam em jogo.

“Nós fizemos um modelo único no mundo porque foi o primeiro leilão do mundo a colocar em concorrência directa tarifas fixas e tarifas de mercado com contribuição ao sistema. Nunca tinha havido um leilão assim no mundo, este foi o primeiro”, disse o secretário de Estado da Energia ao Jornal Económico.

Segundo João Galamba, o “leilão superou as expetativas” do Governo, com 22 lotes atribuídos dos 24 iniciais. Dos 1.150 MW, 800 MW atribuídos dizem respeito à tarifa fixa, e 300 MW não têm tarifa.

No leilão foi alcançado, num dos lotes, a “tarifa mais baixa do mundo (14,76 euros por megawatt/hora). Não há nenhum leilão no mundo até hoje feito que tenha tido uma tarifa tão baixa”.

“Temos vários lotes atribuídos com tarifas inferiores a 20 euros por MW/hora, o que também é um recorde”, destaca o governante.

Dos 800 megawatts com tarifa fixa, a “tarifa média é de 20,33 euros MW/hora, com a tarifa máxima num dos lotes a atingir os 31 euros”.

“Os resultados na tarifa de mercado foram extraordinários porque nós temos uma contribuição média para o sistema de 20 euros por megawatt/hora, as empresas que ganharam os 300 MW vão pagar diretamente ao sistema para produzir”, aponta João Galamba.

Analisando as consequências do leilão no longo prazo para o sistema elétrico português, o secretário de Estado da Energia sublinha os ganhos para os consumidores.

“Os consumidores – seja por via de uma tarifa fixa muito baixa, seja por via de um pagamento ao sistema -, vão ter um valor atual líquido, de todo este leilão agregado, de 600 milhões de euros ao longo de 15 anos”, afirma João Galamba.

“Imaginemos que o preço de mercado está a 40 euros: como os produtores vendem a  20 euros, os consumidores ganham 20 euros. No outro regime, os consumidores ganham o que as empresas pagam ao sistema, o valor agregado desses benefícios todos, tudo somado, dá 600 milhões de euros para os consumidores portugueses em 15 anos”, destaca o governante.

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