[weglot_switcher]

João Moreira Rato diz que é preciso perceber como foi feita a redução da dívida pública

O economista e antigo presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), João Moreira Rato, considerou que as explicações dadas pelo anterior ministro das Finanças, Fernando Medina, “não são suficientes” para se perceber como foi feita a redução da dívida pública.
1 Junho 2024, 21h43

O economista e antigo presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), João Moreira Rato, considerou, em entrevista à Antena 1 e ao “Jornal de Negócios”, que é preciso explicar e perceber exatamente como feita feita a redução da dívida pública no final do mandato do anterior Governo, e que as explicações dadas pelo anterior ministro das Finanças, Fernando Medina, “não são suficientes” para se perceber como foi feita a redução da dívida pública.

João Moreira Rato disse que é preciso saber “o preço que se pagou” pela recompra de dívida pública, a bem da transparência, e acrescentou que vai “ser impossível reduzi-la” como estava previsto, em 4% e cumprir as promessas eleitorais do Governo.

O agora presidente do Instituto Português de Corporate Finance considerou que se o executivo, liderado por Luís Montengero, aumentar salários e reduzir a carga fiscal “não vai ser possível” manter o superavit, e que para se reduzir a dívida pública em 2% ao ano, o défice passa para 1%.

João Moreira Rato diz que também que as novas regras europeias obrigam Portugal a apresentar planos de estabilidade “mais detalhados”.

O economista defendeu também que neste momento faz sentido o Banco Central Europeu (BCE), reduzir a taxa de juro, dada a atual fraqueza económica, e considerou que a tendência se vai manter.

João Moreira Rato acrescentou que o Instituto Português de Corporate Governance está a preparar um conjunto de recomendações para a Governance do Sector Empresarial do Estado que pretende entregar ao Governo.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.