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Joe Biden alerta para mais 100 mil mortes por Covid-19 nos Estados Unidos até ao próximo mês

O presidente empossado afirma que a pandemia vai piorar antes de melhorar e que vai “levar vários meses” até que se estabilize o aumento de novos casos e mortes. Até ao próximo mês, Joe Biden antecipa que as mortes por Covid-19 atinjam as 500 mil mortes.
  • Charlie Neibergall
22 Janeiro 2021, 11h54

A Covid-19 vai matar, pelo menos, mais 100 mil norte-americanos até ao final do próximo mês. Trata-se cerca de 500 mil mortes por Covid-19 nos Estados Unidos desde o início da pandemia.

O alerta foi dado pelo presidente eleito Joe Biden, esta quinta-feira, que acrescentou ainda que os EUA continuarão a assistir a um aumento acentuado de novos casos durante o mesmo período. Nas últimas 24 horas, Universidade Johns Hopkins contabilizou 24.611.923 casos (mais 192.079 infetados) e 409.667 óbitos (mais 4.045 mortos) fazendo do país o mais afetado pela pandemia.

“Não entramos nesta confusão da noite para o dia. Vai demorar meses até que as coisas fiquem bem”, disse Joe Biden na sua primeira conferência de imprensa enquanto presidente.

O novo inquilino da Casa Branca pediu ainda que se baixassem as expectativas quanto ao processo de vacinação no território, alertando que “a verdade pura e dura é que vamos demorar meses até que maioria dos norte-americanos sejam vacinados”, afirmou, garantindo que a sua administração está, no entanto, a preparar uma “campanha de vacinação agressiva, segura e eficaz” que permita que 100 mil americanos sejam vacinados nos seus primeiros 100 dias na Casa Branca.

Esta estratégia poderá não ser o suficiente uma vez que, segundo os dados do Departamento de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA, foram administradas 912,497 mil doses da vacina por dia na semana passada.

Questionado sobre se essa meta era suficientemente ambiciosa, o presidente respondeu: “Quando anunciei a medida todos disseram que não era possível. Tenham paciência”, disse.

Joe Biden tomou posse no  dia 20 de janeiro, numa altura em que o número de mortes por Covid-19 atingiu um novo máximo. Na véspera da tomada de posse, os Estados Unidos ultrapassaram a barreira das 400 mil mortes, totalizando 400,726 óbitos.

A pressão para uma abordagem mais acentuada da gestão da pandemia no país surge na sequência do seu antecessor Donald Trump que, durante o seu mandato, assegurou que os Estados Unidos estavam em condições de vencer o vírus.

“A verdade é que ainda atravessamos um inverno negro desta pandemia. Vai ficar pior antes de melhorar e vai demorar alguns meses até que cheguemos onde temos que chegar”, disse firmemente.

 

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