A Covid-19 vai matar, pelo menos, mais 100 mil norte-americanos até ao final do próximo mês. Trata-se cerca de 500 mil mortes por Covid-19 nos Estados Unidos desde o início da pandemia.
O alerta foi dado pelo presidente eleito Joe Biden, esta quinta-feira, que acrescentou ainda que os EUA continuarão a assistir a um aumento acentuado de novos casos durante o mesmo período. Nas últimas 24 horas, Universidade Johns Hopkins contabilizou 24.611.923 casos (mais 192.079 infetados) e 409.667 óbitos (mais 4.045 mortos) fazendo do país o mais afetado pela pandemia.
“Não entramos nesta confusão da noite para o dia. Vai demorar meses até que as coisas fiquem bem”, disse Joe Biden na sua primeira conferência de imprensa enquanto presidente.
O novo inquilino da Casa Branca pediu ainda que se baixassem as expectativas quanto ao processo de vacinação no território, alertando que “a verdade pura e dura é que vamos demorar meses até que maioria dos norte-americanos sejam vacinados”, afirmou, garantindo que a sua administração está, no entanto, a preparar uma “campanha de vacinação agressiva, segura e eficaz” que permita que 100 mil americanos sejam vacinados nos seus primeiros 100 dias na Casa Branca.
Esta estratégia poderá não ser o suficiente uma vez que, segundo os dados do Departamento de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA, foram administradas 912,497 mil doses da vacina por dia na semana passada.
Questionado sobre se essa meta era suficientemente ambiciosa, o presidente respondeu: “Quando anunciei a medida todos disseram que não era possível. Tenham paciência”, disse.
Biden snaps at AP's Zeke Miller when he asks about the number of vaccine doses he wants to dole out in his first 100 days.
— Curtis Houck (@CurtisHouck) January 21, 2021
"When I announced it you all said it's not possible. Come on, give me a break, man." pic.twitter.com/YnP1gyjnVX
Joe Biden tomou posse no dia 20 de janeiro, numa altura em que o número de mortes por Covid-19 atingiu um novo máximo. Na véspera da tomada de posse, os Estados Unidos ultrapassaram a barreira das 400 mil mortes, totalizando 400,726 óbitos.
A pressão para uma abordagem mais acentuada da gestão da pandemia no país surge na sequência do seu antecessor Donald Trump que, durante o seu mandato, assegurou que os Estados Unidos estavam em condições de vencer o vírus.
“A verdade é que ainda atravessamos um inverno negro desta pandemia. Vai ficar pior antes de melhorar e vai demorar alguns meses até que cheguemos onde temos que chegar”, disse firmemente.
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