Se o novo regulamento financeiro da UEFA entrasse em vigor no final desta época tal como vai ficar fixado (sem o período de transição), o SL Benfica estaria fora da próxima edição da Liga dos Campeões e o FC Porto estaria muito de incumprir a norma. As contas do jornal espanhol “El Economista” determinam que um terço dos emblemas que estão a disputar a atual edição da maior prova europeia de clubes, estariam excluídos de acordo com a norma estabelecida que vem substituir o fair-play financeiro. É o que diz esse novo regulamento: em 2025/26, as sociedades desportivas, que gerem o futebol dos clubes, não podem gastar mais de 70% das receitas em ordenados, transferências e comissões a empresários. Em 2023/24, os custos não podem ultrapassar 90% das receitas, na época seguinte essa percentagem passa para 80% e essa taxa de esforço estabelece-se num patamar de maior exigência em 2025/26. “Há aqui este período de transição para que os clubes se possam adaptar às novas exigências”, explica Jerry Silva, juiz-árbitro do Tribunal Arbitral do Desporto, em declarações ao Jornal Económico (JE).
Transportando estas diretivas para a realidade do futebol profissional em Portugal, este especialista adverte que a perceção é de que os clubes nacionais vivem acima das suas possibilidades. “Se os clubes por si próprios não são capazes de ter regras, a UEFA tem que intervir e aqui, esta intervenção só poderia ser feita através desta entidade que regula o futebol europeu ou de diretivas comunitárias”, realça este especialista, que considera ainda que a Europa não parece estar disposta a “permitir brechas no modelo desportivo que tem por princípio primeiro o mérito desportivo e depois o licenciamento”.
Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com