[weglot_switcher]

Jogos Olímpicos devem limitar crescimento da economia francesa a 0,9%

As estimativas preveem que os impactos líquidos dos Jogos Olímpicos fiquem entre os 6,7 e os 11,1 mil milhões de euros, sendo que as previsões do Crédito y Caución apontam para que o sector dos transportes e do turismo sejam os que mais beneficiem.
Paris, França
26 Julho 2024, 13h00

França recebe os Jogos Olímpicos 2024 numa altura em que o país enfrenta um período de incerteza que pode “durar até às eleições presidenciais de 2027”. Segundo o Crédito y Caución, o evento desportivo vai ter um impacto significativo na capital francesa. No entanto, o crescimento económico francês vai ser limitado a 0,9%.

As estimativas preveem que os impactos líquidos dos Jogos Olímpicos fiquem entre os 6,7 mil milhões e 11,1 mil milhões de euros, sendo que as previsões do Crédito y Caución apontam para que o sector dos transportes e do turismo sejam os que mais beneficiem.

Já para o sector da construção o impacto será misto, uma vez que durante a preparação do evento o sector foi impulsionado. Contudo, após concluídas as instalações e infraestruturas os efeitos “positivos desvanecem”.

“Grandes obras de construção na região de Paris foram adiadas a partir da celebração dos Jogos. Isto, juntamente com a lentidão do sector residencial, coloca as previsões para a construção em França numa queda de -0,4% em 2024”, refere o Crédito y Caución.

Paris vai ser a região que mais vai beneficiar com o evento desportivo, sendo que a França como um todo vai ter um crescimento limitado de 0,9% em 2024, segundo as previsões da seguradora.

Este crescimento limitado deve-se às dificuldades económicas que o país enfrenta, nomeadamente da resistência da inflação, “a lentidão do crescimento e do consumo das famílias e uma dívida pública próxima dos 110% do PIB”.

Segundo a seguradora, perante este contexto, as eleições legislativas abriram um possível período de estagnação na tomada de decisões “necessárias face à fragilidade da economia francesa”, sendo que os projetos de redução do défice e as retomas da atividade empresarial podem ser “as primeiras vítimas”.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.