Jogos Olímpicos excedem custos previstos em 171 mil milhões desde 2020
Os Jogos Olímpicos de Paris começam na próxima sexta-feira e o custo associado vai ser de 9,6 mil milhões de dólares (8,77 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual), 76% acima do que estava inicialmente planeado. Ainda assim, estão longe de ser os Jogos com maior volume de despesas imprevistas, quando analisados os dos últimos 25 anos.
De acordo com uma análise da plataforma “AltIndex”, o valor supera as expetativas de receitas do turismo ligadas ao evento, e dá sequência à tendência que os Jogos Olímpicos têm tido, ao longo das últimas décadas, para ultrapassar as previsões de gastos.
Desde os Jogos Olímpicos de 2000, as despesas com estes eventos atingiram os 187,6 mil milhões de dólares (171,4 mil milhões de euros), o que significa um excesso de 126,2 mil milhões de dólares (115,3 mil milhões de euros) face às expetativas, em apenas 25 anos. O estudo citado permite concluir que o custo-benefício de organizar estas competições é, do ponto de vista económico, bastante mais reduzido do que pode parecer à primeira vista.
Desde a construção ou melhoria de aeroportos, linhas ferroviárias e estradas até ao erguer da Aldeia Olímpica, que deve albergar pelo menos 40 mil quartos, assim como instalações específicas para os eventos.
De qualquer forma, para os Jogos de Paris antecipa-se o segundo maior excesso de custos desde 2000. Neste capítulo, o recorde data de 2008, quando os Jogos Olímpicos de Pequim superaram em 40 mil milhões de dólares o custo inicialmente esperado.
