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Johnson & Johnson disposta a pagar 8,1 mil milhões de euros para dissuadir milhares de queixas

A companhia norte-americana é acusada de vender um pó de talco que contém produtos cancerígenos. Apesar de garantir que é inocente, não pretende ver o caso avançar em tribunal e para isso pretende pagar aos autores de reclamações já existentes e outras que possam surgir no futuro.
5 Abril 2023, 16h46

A Johnson & Johnson (J&J) está disposta a pagar um valor que poderá ascender a 8,9 mil milhões de dólares (8,1 mil milhões de euros) para resolver o problema inerente aos milhares de acusações sobre uma alegada presença de componentes cancerígenos no seu pó de talco. A empresa norte-americana propõe que não seja necessário recorrer ao sistema judicial

Em causa está uma proposta da J&J para pagar o valor em causa ao longo de um período de 25 anos, de forma a dar por encerradas todas as acusações existentes, assim como as que venham a aparecer, no mesmo âmbito.

De acordo com a empresa, mais de 60 mil queixosos aceitaram os termos propostos que, para passarem da teoria à prática, deverão ser homologados pelo tribunal, na sequência de a J&J ter atribuído as responsabilidades à LTL, uma subsidiária que entretanto declarou falida.

Ainda assim, a J&J mantém a posição de que o pó de talco em causa é inteiramente seguro e que as acusações não têm fundamento. Ainda assim, avança com a proposta de compensações financeiras porque, nos tribunais, o processo “levaria décadas e significaria custos significativos à LTL e ao sistema”, de acordo com o vice-presidente de litígios da multinacional, Erik Hass.

A multinacional, que comercializa produtos de farmácia, higiene e cuidado pessoal avançou em 2022 que, no presente ano de 2023, suspenderia a venda do seu talco em todo mundo, depois de o ter feito nos Estados Unidos e no Canadá.

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