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Johnson & Johnson prevê receitas de 2,5 mil milhões de dólares com vendas da vacina contra a Covid-19

Só em vendas da vacina contra a Covid-19 no segundo trimestre, a J&J reportou 164 milhões de dólares (139 milhões de euros), elevando as vendas totais a 264 milhões de dólares (223,7 milhões de euros) até ao mês de junho.
  • Pavlo Gonchar–SOPA Images/LightRocket/Getty Images
21 Julho 2021, 16h59

A Johnson & Johnson prevê receitas de 2,5 mil milhões de dólares (2,12 mil milhões de euros) nas vendas da vacina de dose única contra a Covid-19 só este ano, avançou a empresa em comunicado. Este valor deve-se aos cinco dólares (4,24 euros) pedidos por cada vacina aos governos, podendo ascender aos oito dólares (6,78 euros) até ao final do ano.

A empresa espera produzir entre 500 milhões e 600 milhões de doses da vacina durante o ano, avançou o diretor financeiro, Joseph Wolk, à “CNBC”. Originalmente, a J&J esperava produzir mil milhões de vacinas este ano, mas problemas nas fábricas não vão permitir atingir esse objetivo.

Só em vendas da vacina contra a Covid-19 no segundo trimestre, a J&J reportou 164 milhões de dólares (139 milhões de euros), elevando as vendas totais a 264 milhões de dólares (223,7 milhões de euros) até ao mês de junho.

Apesar do valor estimado pela J&J, as perspetivas da Pfizer e da Moderna são superiores. A Pfizer prevê lucrar 26 mil milhões de dólares (22 mil milhões de euros) e a Moderna estima arrecadar 19,2 mil milhões de dólares (16,3 mil milhões de euros) em vendas só este ano. Os analistas consultados pela “Reuters” afirmam, ainda assim, que a pouca procura pela vacina única não deve afetar as finanças gerais da empresa, uma vez que as receitas podem aumentar consideravelmente caso as autoridades de saúde determinem a necessidade de uma dose de reforço.

A conveniência de uma dose única, em vez da solução de duas doses apresentada pelas outras farmacêuticas, parece ter conquistado vários países, à semelhança dos poucos requisitos de armazenamento e transporte, mas os problemas de segurança – como os efeitos secundários registados em Portugal – e a falha na produção levaram a uma menor aceitação na Europa.

A farmacêutica anunciou esta quarta-feira um aumento de 32,4% no lucro líquido do primeiro semestre, tendo atingido 12.474 milhões de dólares (10,6 mil milhões de euros), em grande parte devido à procura de produtos após o confinamento. Por sua vez, no segundo trimestre, a empresa norte-americana viu as vendas crescerem 27,1% face ao período homólogo de 2020 e os lucros também dispararam 73,1% para 6.278 milhões de dólares (5,3 mil milhões de euros).

Assim, no primeiro semestre, a J&J registou receitas de 45.633 milhões de dólares (38.669 milhões de euros), 16,9% acima do registado no período homólogo.

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