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Jordânia abre consulado no Saara Ocidental

A decisão da Jordânia espelha o apoio dos Estados árabes à monarquia marroquina na disputa de décadas pelo Saara Ocidental. Apenas a Argélia, entre os países muçulmanos de peso, está do lado da Frente Polisário.
19 Novembro 2020, 20h50

A Jordânia prepara-se para abrir um consulado no Saara Ocidental, disse uma fonte do governo de Marrocos, numa aparente demonstração de apoio a Rabat depois de o movimento de independência Frente Polisário ter afirmado que pode estar de regresso à luta armada para impor a separação.

As monarquias do Golfo Árabe expressaram apoio a Marrocos depois de o seu exército ter intervindo há cerca de uma semana numa área monitorizada pela ONU para abrir uma estrada que foi bloqueada por apoiantes da Frente Polisário e combatentes armados durante três semanas.

O monarca jordaniano saudou “a reabertura da passagem da circulação segura de pessoas e mercadorias entre o reino de Marrocos e a África subsaariana”, disse o palácio real em comunicado.

Após a entrada do exército marroquino na faixa de proteção monitorizada pela ONU, a frente de independência da Polisário disse que abandonará o cessar-fogo mediado pela ONU e declarou guerra a Marrocos, que considera uma potência ocupante.

A Argélia, que apoia a Frente Polisário, foi o único Estado árabe que condenou as ações de Marrocos na passagem do Saara Ocidental.

Os Emirados Árabes Unidos e 16 Estados africanos já abriram consulados no território disputado, já que Rabat colhe mais apoio para a sua posição no conflito do Saara Ocidental desde que aderiu à União Africana, em 2017.

Rabat disse que o máximo que pode oferecer como solução política para a disputa é a autonomia. A Frente Polisário e a sua aliada Argélia rejeitam e afirmam quererem um referendo, tendo a independência do Sahara Ocidental como uma das opções.

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