A Jordânia prepara-se para abrir um consulado no Saara Ocidental, disse uma fonte do governo de Marrocos, numa aparente demonstração de apoio a Rabat depois de o movimento de independência Frente Polisário ter afirmado que pode estar de regresso à luta armada para impor a separação.
As monarquias do Golfo Árabe expressaram apoio a Marrocos depois de o seu exército ter intervindo há cerca de uma semana numa área monitorizada pela ONU para abrir uma estrada que foi bloqueada por apoiantes da Frente Polisário e combatentes armados durante três semanas.
O monarca jordaniano saudou “a reabertura da passagem da circulação segura de pessoas e mercadorias entre o reino de Marrocos e a África subsaariana”, disse o palácio real em comunicado.
Após a entrada do exército marroquino na faixa de proteção monitorizada pela ONU, a frente de independência da Polisário disse que abandonará o cessar-fogo mediado pela ONU e declarou guerra a Marrocos, que considera uma potência ocupante.
A Argélia, que apoia a Frente Polisário, foi o único Estado árabe que condenou as ações de Marrocos na passagem do Saara Ocidental.
Os Emirados Árabes Unidos e 16 Estados africanos já abriram consulados no território disputado, já que Rabat colhe mais apoio para a sua posição no conflito do Saara Ocidental desde que aderiu à União Africana, em 2017.
Rabat disse que o máximo que pode oferecer como solução política para a disputa é a autonomia. A Frente Polisário e a sua aliada Argélia rejeitam e afirmam quererem um referendo, tendo a independência do Sahara Ocidental como uma das opções.
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