Jorge Cardoso, CEO do CaixaBI, mostrou-se otimista em relação ao mercado de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) em Portugal para o segundo semestre e para 2026, apesar da evolução em baixa que se tem registado.
“Diria que o que está a acontecer no mercado português está em linha com o que se passa no mercado global”, considerou, numa entrevista feita na Advisory Summit 2025. “Acredito que o principal fator foi a alteração da política dos Estados Unidos em relação às tarifas, no mês de abril, o famoso Dia da Libertação, que fez com que, nesse mês, o mercado fechasse. Quer se queira, quer não, o M&A tem por detrás a necessidade de financiar a transação e de gerir as expetativas e estas foram substancialmente alteradas”, explicou.
“Apesar de tudo, a boa notícia é que o mercado caiu, mas não caiu quanto poderia ter caído e tem-se aguentado”, disse, apontando grandes opções feitas, como a venda do Novobanco, com a entrada de um player francês em Portugal, o que considera positivo.
Jorge Cardoso destaca, para o futuro próximo, o impacto dos investimentos em infraestruturas.” Os grandes projetos são boas notícias para o país e deverão ter um retorno relevante para a economia. O novo aeroporto é uma infraestrutura necessária. O novo hospital também, e a ferrovia é igualmente importante”, diz. “Assim sendo, são boas notícias para os bancos de investimento e para os financiadores desses projetos”, acrescenta.
Referiu-se, ainda, ao projeto da Comissão Europeia para desenvolver mercados de capitais integrados. “É uma iniciativa muito meritória, vamos ver se da iniciativa à prática o caminho é feito”, diz.
Edição do Jornal Económico de 4 de julho.
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