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José Braz da Silva conta como Eduardo dos Santos lhe fechou portas em Angola

Em entrevista exclusiva, José Braz da Silva, acionista maioritário da empresa sucessora da Construtora do Tâmega, explica porque é que o antigo regime angolano lhe fechou as portas durante anos a fio.
31 Janeiro 2020, 16h00

Numa altura em que as relações empresariais e políticas entre Portugal e Angola são uma questão abordada de forma transversal no nosso país, o empresário José Braz da Silva, dono da Tâmega Engineering (antiga Construtora do Tâmega), da Finertec e de outras empresas, com três décadas de currículo ligado àquele país e a toda a África, concede uma entrevista exclusiva ao Jornal Económico, em que explica as suas difíceis relações com a família do antigo presidente angolano José Eduardo dos Santos. Uma sociedade falhada com a sua filha, Tchizé dos Santos, fechou-lhe o mercado angolano até hoje, mas o grupo reestruturou-se e começa a dar os primeiros passos de recuperação após a forte crise por que passou nos últimos anos. Miguel Relvas continua a ser um amigo, mas já não trabalha para o grupo.

Como surge a sua ligação empresarial em Angola?
Comecei a trabalhar em Angola em 1992, 1993. Foram os anos da guerra. Comecei em atividades de trading e com uma pequena área de construção e também de imobiliário, com empresas locais, como a Iberstran e a Emproc, que era uma UEE – Unidade Económica Estatal, que foi por mim adquirida ao Estado angolano. Foram empresas que se constituíram lá e esta última, que comprei ao Estado angolano, em processo de privatização. Fizemos parcerias com outras empresas portuguesas e também espanholas, com diversos parceiros estrangeiros. Claro que as empresas que não estavam localizadas em Angola nos viram mais como angariadores de negócios, o que tornou todo o processo mais difícil.

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