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Jovens agricultores pedem que seja iniciada a execução da Estratégia “Água que Une”

A AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal alerta para a necessidade de intensificar o apoio aos Jovens Agricultores, para a importância de “iniciar a execução da Estratégia ‘Água que Une’, vital ao País, e não menos urgente, o combate às assimetrias rural/urbano, pela promoção de uma verdadeira coesão territorial, onde os Jovens Empresários Rurais são essenciais no combate à desertificação cada vez mais acentuada”.
21 Março 2025, 11h10

A AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal alerta para a necessidade de intensificar o apoio aos Jovens Agricultores, para a importância de “iniciar a execução da Estratégia ‘Água que Une’, vital ao País, e não menos urgente, o combate às assimetrias rural/urbano, pela promoção de uma verdadeira coesão territorial, onde os Jovens Empresários Rurais são essenciais no combate à desertificação cada vez mais acentuada”.

É mais uma voz que faz apelos ao Governo numa altura em que o país vai, de novo, a eleições legislativas em maio.

A AJAP destaca que as medidas colocadas à disposição dos agricultores, ao longo dos quadros comunitários de apoio, têm contribuído para o crescimento e modernização dos modelos de agricultura mais competitivos, para o aumento da qualidade dos produtos e segurança alimentar, para a maior sustentabilidade e racionalidade no uso dos fatores de produção, mas também para o aumento das exportações destas explorações, que sem tem refletido nos números nacionais da nossa agricultura.

“São números que nos orgulham é certo, mas mascaram a diminuição do peso das pequenas e médias explorações, que contribuem para o abandono de muitas, tornando-as, obviamente, mais expostas a incêndios, conduzindo à ausência de rejuvenescimento, e mesmo nas explorações mais competitivas fica muito aquém do necessário”, refere a associação que defende que “temos de ter consciência que estes resultados são atingidos em áreas limitadas no País, reportando-se a pouco mais de 15% a 20% do território”.

A AJAP diz que “importa ter presente que a centralidade das medidas, e a sua aplicação em igualdade de circunstâncias em todas as regiões, apesar da existência de diferenciação pela aplicação da Valia Global da Operação (VGO), têm por vezes impactos mais positivos em determinadas regiões, e obviamente menos positivos, e quase sem aplicabilidade noutras”.

“É porventura difícil, fazer muito melhor, embora Portugal não sendo regionalizado, é descentralizado, e seria extremamente importante que essa descentralização fosse garantida, pelo menos parcialmente, em estratégias e numa gestão de fundos de nível regional, que atenda às particularidades e responda mais eficazmente às necessidades e desafios das várias agriculturas/territórios. Na prática, contribuindo para uma mais efetiva aplicação do princípio da subsidiariedade”, defendem os Jovens Agricultores.

A pontuação dos projetos pela aplicação das VGO’s, em todo o País, impede que muitos agricultores, em inúmeras regiões, vejam as suas candidaturas aprovadas, aponta a AJAP.

“Se continuarmos apenas a priorizar e valorizar alguns, com base em modelos centralizados, aumentamos o fosso, desde logo entre sequeiro e regadio, e entre muitas regiões tão díspares pela qualidade dos solos, topografias, declives e dimensão média das parcelas. Essas regiões mais desfavorecidas, de montanha, também denominados territórios de baixa densidade e vulneráveis, podem conciliar agricultura, pecuária, florestas e transformação, podem criar modelos de comercialização mais ajustados (Agrupamentos de Produtores Multiprodutos, por exemplo), podem organizar-se nas suas associações e cooperativas para poderem usufruir de tecnologias conjuntas, entre outras oportunidades de grande mérito”, refere em comunicado a AJAP.

“Em suma, podiam ter resultados muito melhores, se existissem apoios com maior diferenciação, ou então pela abertura de avisos específicos. Elencamos de seguida algumas medidas que consideramos urgentes e primordiais à solidez do setor e à aposta contínua nos Jovens Agricultores Portugueses”, alerta a associação.

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