A London Metal Exchange (LME) está envolvida numa polémica relacionada com o comércio de níquel. Em causa está a aquisição de nove contratos por parte da JP Morgan, para a compra de 54 toneladas daquele elemento químico, vendido pela LME. No entanto, ao receber a encomenda, os responsáveis da sociedade depararam-se com 54 toneladas de rochas.
De acordo com o diário espanhol “El Economista”, não conhecem ainda pormenores e, nomeadamente, não se sabe se a situação corresponde a roubo, engano ou fraude. O que é certo é que, por mais insignificante que seja o sucedido no negócio total da LME, é algo que causa problemas sérios ao nível da reputação. De referir que o este é um mercado que, por hábito, já está exposto a situações de fraude através da falsificação dos contratos de venda, devido aos altos valores transacionados entre compradores e vendedores.
Os sacos de rochas estavam armazenados em Roterdão, nos Países Baixos, em posse de terceiros, como costuma acontecer, desde o início de 2022, de acordo com os dados apurados pela LME, mas o peso dos sacos vendidos não correspondia ao volume indicado nos contratos de níquel.
O mercado das matérias primas de Londres tem uma reputação muito positiva e beneficia da confiança de muitos investidores. Ainda assim, a LME, que até ao ano passado era sinónimo de segurança, suspendeu negociações quando viu o custo do níquel disparar 250% numa só sessão de mercado.
A “Bloomberg” avançou com a informação de que a JP Morgan foi a compradora nos contratos citados, ainda que a firma não o tenha confirmado, pelo menos para já, de forma oficial.
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