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Judiciária excluiu à partida hipótese de encenação no assalto de Tancos

Denúncia anónima quatro meses antes do assalto aos paióis afastou investigação a uma possível manobra de diversão no roubo de Tancos para justificar inventários. Mas explosivos “a mais” que foram recuperados na Chamusca continuam sem explicação.
11 Outubro 2019, 08h45

E se o roubo de armamento em Tancos foi uma manobra de diversão para justificar inventários? A possibilidade de encenação, que se verificou na recuperação das armas quatro meses após o seu furto, estar na base do roubo de material de guerra chegou a ser admitida pelo ex-ministro da Defesa,Azeredo Lopes, quando defendeu, ainda antes do seu aparecimento, que “no limite, pode não ter havido furto nenhum”. Mas a Polícia Judiciária (PJ) nunca chegou a investigar esta hipótese, tendo-a descartado por ter havido uma denúncia anónima três meses antes do roubo com indicação de assalto nas imediações de Tancos, revelou ao Jornal Económico fonte próxima ao processo.

De acordo com a mesma fonte, “não foi investigada a possibilidade de encenação no furto de Tancos porque já havia informação anterior que dava conta da possibilidade de roubo e se fosse uma manobra de diversão para justificar inventários não haveria qualquer denúncia anónima três meses antes”. Mas sobre os explosivos “a mais”, nomeadamente “136 velas PE4A” que foram recuperados quatro meses depois do roubo, na região da Chamusca, a 20 quilómetros de Tancos, a mesma fonte acaba por admitir a possibilidade de algum erro na relação do material de guerra furtado aos Paióis Nacionais de Tancos com base na qual permanecem por recuperar cinco granadas e mais de 30 cargas de explosivos.

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