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Fundador do Wikileaks detido na embaixada do Equador em Londres

De acordo com a “BBC” o fundador do Wikileaks foi detido e retirado da embaixada do Equador em Londres, onde se encontrava há sete anos.
  • Peter Nicholls / Reuters
11 Abril 2019, 10h45

Julian Assange foi preso na embaixada do Equador em Londres esta quinta-feira, 11 de abril, avançam o “The Guardian” e a “BBC”. O fundador do Wilileaks foi detido pela policia britânica nas instalações diplomáticas do país sul-americano, onde se encontrava refugiado há sete anos.

De acordo com a Scotland Yard, Jullian Assange, vai permanecer detido pela polícia de Londres, até ser presente ao tribunal de magistrados de Westminster “assim que for possível”. O presidente do Equador, Lenín Moreno, escreveu na sua conta de Twitter que “o Equador retirou o estatuto de asilo a Julian Assange depois de repetidas violações a convenções internacionais e protocolos de vida diária”.

A detenção de Julian Assange acontece um dia depois do Wikileaks ter acusado o governo equatoriano de uma “extensa operação de espionagem” contra o seu fundador.

Desde 2012 que o australiano estava na embaixada depois de ter procurado refúgio devido ao mandato das autoridades britânicas para o deter, pelas acusações de alegado abuso sexual na Suécia. Julian Assange temia que ao ser apresentado perante a justiça sueca, poderia acabar por ser extraditado para os Estados Unidos. Contudo em maio de 2017, as autoridades suecas acabaram por arquivar este processo.

Julian Assange esteve por detrás de uma das maiores fugas de informação da história. O Wikileaks é um site de “whistleblowing”, isto é, que revela informação oficial e confidencial com o objetivo de denunciar situações ilegais ou eticamente duvidosas. Uma das suas maiores revelações foi sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão, quando o Wikileaks revelou milhares de ficheiros confidenciais do exército norte-americano.

Em janeiro de 2017, Julian Assange, havia assumido que aceitaria ser extraditado para os EUA, caso Barack Obama, na altura ainda presidente, viesse a perdoar Chelsea Manning, a antiga militar norte-americana que foi condenada por passar mais de 700 mil documentos confidenciais a Assange.

A antiga analista, detida em 2010 no Iraque foi condenada a 35 anos em 2013 por espionagem e libertada em 2017 após a sua pena ter sido comutada por Barack Obama.

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