Os juros nos depósitos continuam a diminuir. De acordo com dados do Banco de Portugal, a taxa de juro média destes produtos de poupança da banca caíram pelo quarto mês consecutivo, passando de 2,77%, em março, para 2,75% em abril.
“Nos novos depósitos com prazo até um ano, a taxa de juro média diminuiu 0,01 pontos percentuais (pp), para 2,79%. Esta continuou a ser a classe de prazo com a remuneração média mais elevada e representou 96% dos novos depósitos em abril”, indica o regulador. Já nos novos depósitos de um a dois anos, a taxa de juro média diminuiu de 2,21% para 2,03%, enquanto a remuneração média nos depósitos a mais de dois anos cresceu de 1,98% para 2,01%, “embora esta classe de depósitos tenha continuado a apresentar um peso residual nos novos depósitos de particulares (0,36%)”.
Neste período, o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares totalizou 10.645 milhões de euros, o que representa um aumento de 2.947 milhões de euros em relação ao mês anterior. “Esta evolução foi determinada, em grande medida, pela reaplicação em depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo e que atingiram a maturidade em abril sem renovação automática”, indica o Banco de Portugal.
Entre as empresas, o juro médio dos novos depósitos aumentou muito ligeiramente de 3,38%, em março, para 3,39% em abril, com as novas operações a totalizarem 7.985 milhões de euros (mais 1.627 milhões do que no mês anterior).
O Banco de Portugal refere ainda que, pela primeira vez desde setembro de 2022, a taxa de juro do crédito à habitação na área do euro, que se fixou nos 3,77%, foi superior à registada em Portugal.
Em Portugal, a taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação passou de 3,88%, em março, para 3,75% em abril. De acordo com o regulador, a taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação diminuiu 0,05 pontos percentuais, fixando-se em 3,63%. Nos contratos renegociados, a taxa de juro média reduziu-se 0,25 pontos percentuais, para 4,05%.
Em termos de montante, as novas operações de empréstimos aos particulares – que incluem incluem os contratos totalmente novos e os contratos renegociados – totalizaram 2.588 milhões de euros em abril, menos 67 milhões do que em março.
“O montante dos novos contratos de empréstimos a particulares aumentou 71 milhões de euros, fixando-se em 2061 milhões de euros. Este aumento observou-se nas finalidades de habitação (+31 milhões de euros, para 1339 milhões), consumo (+30 milhões de euros, para 491 milhões) e outros fins (+10 milhões de euros, para 231 milhões)”, indica. Já as renegociações de crédito diminuíram 138 milhões de euros, totalizando 527 milhões de euros em abril.
Nas empresas, o montante de novas operações foi de 1.882 milhões de euros, o que representou um aumento de 44 milhões de euros relativamente ao mês anterior. Este crescimento decorreu principalmente dos contratos renegociados, que aumentaram 54 milhões de euros, para 254 milhões de euros. Os montantes de novos contratos diminuíram 10 milhões de euros, para 1627 milhões de euros.
A taxa de juro média das novas operações de empréstimos às empresas desceu de 5,72%, em março, para 5,62% em abril.
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