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Justiça arquiva investigação à Yupido, a startup portuguesa com capital social de 29 mil milhões

Yupido captou a atenção da comunicação social em setembro de 2017, após o economista Carlos Pinto ter divulgado nas redes sociais o capital social desta startup tecnológica. Até ao dia de hoje, a Yupido nada produziu, nem regista atividade pública. O revisor oficial de contas que avaliou o capital da empresa foi suspenso dois anos.
6 Agosto 2019, 09h35

O Ministério Público decidiu arquivar o investigação sobre a enigmática Yupido, uma empresa portuguesa com um capital social na ordem dos 29 mil milhões de euros, dois anos depois da abertura do processo, noticiou o “Jornal de Notícias” esta terça-feira, 6 de agosto.  A lenta investigação não levou à constituição de arguidos sobre a startup tecnológica cujo capital social supera o das 12 maiores empresas de Portugal.

A tecnológica descreve nos documentos oficiais que desenvolve uma “plataforma digital inovadora de armazenamento, proteção, distribuição e divulgação de todo o tipo de conteúdo media” e que se “destaca pelos algoritmos que a constituem”. Contudo, a Yupido nada produziu ou apresentou ao mercado, nem tem atividade pública, apesar das garantias do fundador Torcato Jorge.

Em 2017, o fundador da empresa, Torcato Jorge, contou que a empresa estava a preparar o registo de 42 patentes , contudo nada foi anunciado posteriormente. No ano seguinte, foi noticiado que o primeiro grande serviço da Yupido iria ser lançado mundialmente, abrindo portas à contratação de 206 pessoas. Nada aconteceu também.

Criada em 2015 e, tal como o fundador Torcato Silva contou ao JE em 2017, “todos os procedimentos legais, tanto na constituição da empresa como no aumento de capital, foram cumpridos e aceites pelos órgãos competentes”.

A Yupido captou a atenção da comunicação social em setembro de 2017, após o economista Carlos Pinto (atual líder do Iniciativa Liberal) ter divulgado na sua conta de Twitter o capital social desta startup tecnológica.

O montante do capital social foi avaliado pelo revisor oficial de contas (ROC) independente António Alves da Silva, profissional com mais de 50 anos de carreira. Em maio de 2018, o revisor oficial de contas que atribuiu o valor de 29 mil milhões à empresa foi suspenso pela Ordem dos ROC por dois anos, depois de ter sido chumbado num processo administrativo de avaliação da idoneidade.

https://jornaleconomico.pt/noticias/yupido-como-um-jovem-comum-e-o-dono-disto-tudo-209070

 

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