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Juventude Popular defende que manter Gomes Cravinho no Governo é “insulto institucional”

“Passados seis anos de trapalhadas governativas, o que mais é preciso para se demitir um ministro socialista?”, questiona Francisco Camacho. Líder da organização juvenil do CDS-PP espera que a gestão do caso do tráfico de diamantes da República Centro-Africana “não seja mais um escândalo do PS a ficar sem respostas”.
  • Cristina Bernardo
12 Novembro 2021, 16h38

O presidente da Juventude Popular (JP), Francisco Camacho, defende que o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, não poderá continuar em funções depois de ter deixado o Presidente da República “na ignorância de um dos casos mais graves que ocorreram nas Forças Armadas”, referindo-se ao facto de Marcelo Rebelo de Sousa não ter sido informado previamente de que existiam suspeitas de participação de militares portugueses em tráfico de diamantes provenientes da República Centro-Africana.

“Cada dia que Gomes Cravinho se mantém enquanto ministro é mais um dia de insulto institucional. Passados seis anos de trapalhadas governativas, o que mais é preciso para se demitir um ministro socialista?”, questiona o líder da organização juvenil do CDS-PP, esperando que “este não seja mais um escândalo do PS a ficar sem respostas, descredibilizando a política aos olhos das novas gerações”.

Para Francisco Camacho, os argumentos apresentados pelo responsável do Ministério da Defesa para justificar que não tenha comunicado as denúncias ao Presidente da República, que é por inerência o comandante supremo das Forças Armadas, bem como ao primeiro-ministro, caem por terra porque não só o caso não esteve sempre sob segredo de justiça como mesmo tal condição não impediria que fosse comunicado ao Chefe do Estado antes de a ‘Operação Miriade’ avançar com buscas e detenções de suspeitos.

“O ministro da Defesa já nos habituou a episódios insólitos. Contudo, o tratamento dado ao episódio do tráfico de diamantes, sendo insólito e vexatório, não pode ser tratado com a indiferença de ser só mais um”, defende o presidente da Juventude Popular, que se junta ao líder e deputado único do Chega, André Ventura, no apelo direto à demissão de João Gomes Cravinho.

Em setembro a demissão do ministro da Defesa chegou a ser apontada pelo atual líder do PSD, Rui Rio, como inevitável se ficasse demonstrado que foi o responsável pelo lançamento na praça pública da substituição do chefe de Estado-Maior da Armada, Mendes Calado, pelo vice-almirante Gouveia e Melo, então coordenador da taskforce para a vacinação contra a Covid-19.

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