A Kaspersky está a monitorar de perto o aumento das ciberameaças associadas a épocas intensas de compras, como a Black Friday.
Com a aproximação destes eventos de vendas, os cibercriminosos tentam explorar a procura por ofertas, visando roubar dados pessoais e financeiros e propagar malware através de “iscas de compras” fraudulentas, afirma a empresa global de cibersegurança e privacidade digital fundada em 1997.
Entre janeiro e novembro de 2024, as soluções da Kaspersky bloquearam mais de 38 milhões de ataques de phishing relacionados com compras online e serviços bancários, com 44% destes ataques envolvendo serviços bancários como isco. Este número representa um aumento significativo em comparação com o ano anterior.
Os atacantes fazem-se passam frequentemente por grandes retalhistas, como Amazon e Walmart, enviando e-mails que prometem descontos exclusivos e direcionam os utilizadores para sites falsos.
Além disso, exploram o desejo dos consumidores por prémios, promovendo inquéritos e sorteios que exigem o fornecimento de informações pessoais em troca de recompensas.
Os dados roubados são explorados ou vendidos na dark web, onde o valor dos dados varia conforme a sua qualidade. Por exemplo, conjuntos de dados de cartões de crédito, conhecidos como “fullz”, são altamente valorizados.
Marc Rivero, investigador da Kaspersky, destaca que os mercados da dark web estão a replicar as estratégias de marketing dos retalhistas online legítimos, oferecendo descontos em cartões de crédito roubados.
Em Portugal, um estudo da blackfriday.pt revela que 74% dos consumidores planeiam gastar, em média, 311 euros durante a Black Friday, um aumento em relação ao ano anterior.
Diante desta previsão, a Kaspersky alerta para a proliferação de websites falsos que podem comprometer a segurança dos dados pessoais dos consumidores.
Os especialistas recomendam que os consumidores estejam atentos e verifiquem a autenticidade dos sites antes de realizar compras online, especialmente durante períodos de promoções intensas.
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