O fundo da maior gestora de ativos do mundo, a KKR, está a adquirir a clínica de fertilidade IVI-RMA por 3.000 milhões de euros e quer fundi-la com a Generalife, avança o El Economista.
O competitivo processo de venda da gigante da fertilidade IVI-RMA, considerado o grande investimento de private equity espanhol deste ano, está na reta final. O fundo de private equity nova-iorquino KKR, favorito no grande leilão, finalmente ficou à frente na corrida, devido a uma estratégia de “investimentos centrais” de horizonte temporal mais longo.
O private equity norte-americano concordou em comprar a líder espanhola de reprodução medicamente assistida, avaliando a multinacional valenciana em cerca de 3.000 milhões de euros, segundo fontes financeiras próximas ao processo, citadas pelos meios espanhóis.
O processo de venda está a ser intermediado pelo Morgan Stanley e pela Arcano.
A equipe de gestão e os sócios fundadores, Antonio Pellicer e José Remohí, permanecem acionistas e continuam a liderar o negócio com a sua equipe de gestão.
O valor final da venda tem implícito um múltiplo de mais de 25 vezes o EBITDA, significativamente acima da avaliação inicial do grupo IVI, situado na faixa entre 1.500 e 1.800 milhões.
O fundo norte-americano KKR prevalece assim na licitação contra as ofertas vinculativas do private equity britânico Cinven, em aliança com o American Amulet Capital, e o fundo dinamarquês Nordic Cap.
O leilão competitivo também despertou o interesse de um elevado número de fundos internacionais com larga experiência na Espanha, como CVC, Advent, PAI, EQT e Ardian.
A favor da KKR está seu extenso histórico no setor de fertilidade como a recente compra da GeneraLife (antiga Ginefiv) do fundo Investindustrial por quase 400 milhões.
O objetivo da KKR, segundo fontes próximas à operação citadas pelo El Economista, seria fundir a gigante espanhola IVI-RMA, o antigo Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI), com a Generalife, a terceira empresa de reprodução assistida na Europa, para criar um mundo gigante na fertilidade.
Ambas as empresas têm uma grande complementaridade e a sua combinação permitirá obter importantes sinergias, segundo o jornal espanhol. A união entre os dois significaria a criação de um grupo com um volume de negócios superior a 400 milhões de euros e uma centena de clínicas espalhadas por 11 países.
José Remohí e Antonio Pellicer, fundadores da IVI, procuravam um parceiro financeiro e estratégico para impulsionar a multinacional, aproveitando o fato de a líder em medicina reprodutiva ter voltado ao caminho do lucro após reorganizar-se e fundir-se com a americana RMA em 2017, que controla 30% do grupo resultantd da fusão, conhecido desde então como IVI-RMA Global.
Fundado em 1990, o EBITDA esperado da IVI-RMA para este ano é de cerca de 130 milhões de euros.
Depois de deixar os Emirados e Omã, o grupo está presente em nove países (incluindo Portugal) e tem clínicas em Espanha e nos EUA, os seus principais mercados, bem como no Reino Unido, onde cresceu com a compra da Create Fertility, e Itália, Panamá , Chile, Argentina e Brasil.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com