[weglot_switcher]

Kremlin diz que relações entre Moscovo e Washington estão “à beira do colapso”

Segundo o Ministério, as declarações do presidente norte-americano são “indignas de um estadista de posição tão elevada” e colocam as relações russo-americanas “à beira de um colapso”, diz Moscovo.
POOL/Reuters
21 Março 2022, 15h24

Os comentários de Joe Biden relativamente às decisões do Kremlin e Vladimir Putin custaram a relação diplomática entre os dois países, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, que recordou as palavras proferidas pelo presidente norte-americano contra o homólogo russo, na semana passada.

“Ditador assassino”, “criminoso de guerra” e “puro rufia”, foram algumas das palavras usadas pelo inquilino da Casa Branca na sequência da invasão russa da Ucrânia que decorre há 26 dias e que levaram ao Kremlin a convocar o embaixador dos Estados Unidos em Moscovo, John Sullivan , esta segunda-feira, para uma conversa onde foi reiterado que os comentários proferidos por Biden eram “inaceitáveis”, explica o “Financial Times”.

De acordo com o comunicado russo, Sullivan foi “convocado” ao gabinete do Ministério liderado por Sergey Lavrov e recebeu “uma nota de protesto relacionada com os recentes comentários inaceitáveis feitos pelo líder da Casa Branca, Joe Biden, ao presidente da Rússia“.

A nota emitida por Moscovo diz ainda que o diplomata norte-americano foi “agudamente confrontado com a questão da garantia de condições de trabalho normais para as missões diplomáticas nos Estados Unidos“.

O Ministério explicou a Sullivan que “tais declarações do presidente norte-americano não são dignas de um estadista de posição tão elevada e colocam as relações entre os EUA e a Rússia à beira do colapso”, cita o jornal britânico o comunicado.

Na semana passada, o presidente dos EUA, afirmou que o homólogo russo, Vladimir Putin, é um “criminoso de guerra”, enquanto conversava com jornalistas à saída de um evento na Casa Branca. Foi a mais dura condenação das ações de Putin por qualquer autoridade dos EUA desde que começou a guerra na Ucrânia há três semanas.

Biden, em declarações anteriores, nunca chegou a rotular as atrocidades documentadas na Ucrânia como “crimes de guerra”, preferindo citar investigações internacionais e norte-americanas “em andamento”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.