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Lagarde: “Podemos subir ou podemos esperar” na reunião de setembro

A presidente do BCE reforçou a dependência dos dados macro nas decisões do banco, não se comprometendo com qualquer rumo em setembro. Ficou apenas uma garantia: não haverá cortes de juros em breve.
27 Julho 2023, 15h17

Christine Lagarde manteve em aberto todos os cenários para as próximas reuniões de política monetária na zona euro, exceto cortes de juros, reforçando a dependência dos dados que forem sendo divulgados nos próximos meses.

Após nova subida dos juros diretores na zona euro, de 25 pontos base (p.b.), a presidente do BCE procurou reforçar o compromisso do banco com o regresso à estabilidade de preços, voltando a garantir que as próximas decisões estarão completamente dependentes dos dados macroeconómicos que forem sendo conhecidos.

Sem surpresas, BCE volta a subir juros em 25 pontos base

“Podemos subir ou podemos esperar”, repetiu Lagarde, embora ressalvando que “o que for decidido em setembro não é definitivo, pode variar de reunião para reunião”.

Uma certeza existe, porém: “não vamos cortar, isso é garantido”. A inflação mantém-se demasiado elevada para a avaliação do BCE, que tem como mandato a manutenção da estabilidade de preços, apontando a uma inflação de 2% no médio prazo.

A leitura mais recente do indicador na zona euro mostrou novo recuo, o sétimo em oito meses, para 5,5%. Em outubro do ano passado estava em 10,6%, o pico do fenómeno inflacionário na moeda única.

Tal como do outro lado do Atlântico, a presidente do BCE projetou que as taxas tenham de se manter elevadas e em território restritivo por algum tempo, face a uma inflação persistente. Questionada sobre que indicadores serão mais relevantes na avaliação do banco para reuniões futuras, Lagarde garante que todos serão analisados, mas as previsões para a pressão nos preços serão o foco, tanto em termos nominais, como subjacente, como implícita.

De resto, a presidente da BCE tentou esquivar-se das constantes questões dos jornalistas que procuravam indícios de como irá desenrolar a política monetária nos próximos meses, tentando não se comprometer com nenhum rumo específico.

A autoridade monetária europeia volta a reunir em setembro, no dia 14.

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