O confinamento e isolamento social a que a pandemia da Covid-19 obrigou, sobretudo entre o final de março e o início de maio, levou a maioria das empresas a colocar os trabalhadores em teletrabalho e a recorrer ao regime de lay-off simplificado. Assim, no segundo trimestre do ano, o índice de custo do trabalho (ICT) aumentou 13,5%, face a igual período de 2019, devido à “forte redução nas horas trabalhadas”, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta quinta-feira, 13 de agosto.
“Esta evolução resultou da conjugação do decréscimo de 0,7% no custo médio por trabalhador com a redução de 12,2% no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador”, informou o INE. O decréscimo do custo médio por trabalhador ocorreu em todas as atividades, menos na Administração Pública que cresceu 2,6%.
Já a diminuição do número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador foi “transversal a todas as atividades económicas analisadas” e estão “em linha” com os resultados das estatísticas do emprego, recentemente divulgados. A quebra de horas trabalhadas “foi fortemente influenciada pela implementação do regime de lay-off simplificado”.
As duas principais componentes dos custos do trabalho por hora efetivamente trabalhada – custos salariais e outros custos – aumentaram 15,2% e 5,4%, respetivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior.
“As variações do custo total e dos custos salariais são superiores às dos outros custos, devido à diminuição ou isenção do pagamento de contribuições sociais das empresas que aderiram ao regime de lay-off simplificado (custos incluídos na componente ‘outros custos’)”, explicou o organismo de estatística nacional.
De acordo com o INE, Portugal registou um acréscimo homólogo do ICT superior à média da União Europeia, que é de 6,5%. No primeiro trimestre de 2020, o ICT tinha crescido 7,7%.
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