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Legislativas: Livre admite comissão de inquérito à Spinumviva caso Montenegro seja reeleito

“Se Luís Montenegro continuar como primeiro-ministro, é claro que nós vamos ter que avaliar a pertinência de uma comissão parlamentar de inquérito e, se outros que são os autores originais dessa ideia não quiserem prosseguir com ela [referindo-se ao PS], o Livre está aberto a avaliar essa hipótese”, revelou Rui Tavares no final de uma visita à Associação Refúgio dos Gatos do Bairro, no Seixal, distrito de Setúbal.
12 Maio 2025, 19h46

O porta-voz do Livre colocou hoje como hipótese o pedido de uma comissão parlamentar de inquérito à Spinumviva, empresa familiar do presidente do PSD, Luís Montenegro, caso este volte a ser reeleito primeiro-ministro.

“Se Luís Montenegro continuar como primeiro-ministro, é claro que nós vamos ter que avaliar a pertinência de uma comissão parlamentar de inquérito e, se outros que são os autores originais dessa ideia não quiserem prosseguir com ela [referindo-se ao PS], o Livre está aberto a avaliar essa hipótese”, revelou Rui Tavares no final de uma visita à Associação Refúgio dos Gatos do Bairro, no Seixal, distrito de Setúbal.

Acompanhado na visita pelo primeiro deputado eleito por Setúbal, Paulo Muacho, o dirigente do Livre assumiu que não é a comissão parlamentar de inquérito que mais vontade tem de propor, alegando que o Livre não é um partido que tem por hábito abusar dessa figura parlamentar.

No nono dia de campanha eleitoral, Rui Tavares reforçou que o Livre referiu, desde o início, que não tinha confiança política no primeiro-ministro porque ele, segundo referiu, recusou dar todos os esclarecimentos sobre a sua empresa familiar.

“Devemos reconhecer que é alguém que não está a jogar limpo connosco e, portanto, ele continuar primeiro-ministro seria uma má notícia para a política portuguesa”, afirmou.

O dirigente do Livre considerou que Luís Montenegro não se importa que a Spinumviva “seja um potencial veículo de influência”, algo que o deixa inquieto.

“Se Luís Montenegro continuasse como primeiro-ministro todas as suas decisões sobre assuntos que, de alguma forma, tivessem um impacto direto ou indireto sobre aquelas empresas que são clientes da Spinumviva estarão, imediatamente, sobre a sombra de uma suspeita que não deve existir”, frisou.

E questionou: “O que não diria Luís Montenegro, como líder da oposição, se isto fosse com um primeiro-ministro de outros partidos políticos?”

Rui Tavares aproveitou ainda para condenar o facto de Luís Montenegro se ter insurgido hoje com um jornalista que o questionou sobre a Spinumviva.

“Este desconforto, irritação e frustração em responder a perguntas é uma péssima notícia para a liberdade de imprensa”, ressalvou.

Nas legislativas de 10 de março de 2024, o Livre elegeu o primeiro deputado por Setúbal ao alcançar 21.552 votos (4,29%).

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