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Legislativas: Montenegro apela a voto “com responsabilidade” e critica os que “sobem o tom”

Num almoço em Gondomar (Porto) no penúltimo dia de campanha, Luís Montenegro disse querer ir “direto ao assunto”, falando apenas 15 minutos, cerca de metade da duração habitual das suas intervenções.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro durante uma visita à empresa ATEP Amkor Techonology Portugal, em Vila do Conde, 13 de janeiro de 2025. JOSÉ COELHO/LUSA
15 Maio 2025, 15h27

O presidente do PSD apelou hoje aos eleitores para que votem com o mesmo sentido de responsabilidade que exigem aos políticos, e criticou os que “sobem tom” na reta final de campanha e exercem “chantagem psicológica”.

Num almoço em Gondomar (Porto) no penúltimo dia de campanha, Luís Montenegro disse querer ir “direto ao assunto”, falando apenas 15 minutos, cerca de metade da duração habitual das suas intervenções.

“No momento em que os outros aumentam o tom, aumentam o drama, aumentam a forma enfática como se dirigem aos eleitores, eu faço o contrário, eu sereno os ânimos e digo simplesmente, eu tenho toda a confiança no julgamento do povo português”, afirmou.

Montenegro criticou os que, na comunicação social, falam em nome dos portugueses e do que eles, alegadamente, pensam, sentem ou devem fazer com o voto no próximo domingo, e os adversários políticos que dramatizam argumentos a um dia e meio de terminar e campanha.

“Aqueles que guardam para a última hora, para os últimos dias essa forma de esgrimir argumentos, de elevar a voz, de estimular quase uma chantagem psicológica junto dos eleitores não sabem o que é ser português, não sabem o que é ser verdadeiramente democrata, porque a democracia é um exercício tranquilo, de respeito, de tolerância”, afirmou.

O líder da AD (coligação PSD/CDS-PP) assegurou que aceitará “qualquer que seja o resultado” das, mas disse ter uma certeza: “Nós sabemos que somos os preferidos”.

“Aquilo que eu peço aos eleitores é que exerçam o seu direito e dever cívico exatamente com a mesma exigência com que querem que nós exerçamos os cargos políticos” com sentido de responsabilidade”, afirmou, dizendo querer estabelecer este contrato de confiança com os portugueses.

Montenegro defendeu que, se os portugueses querem “um governo que executa políticas, que cumpre aquilo que são os seus compromissos, deve dar-lhe as condições para que isso possa acontecer”.

“Da nossa parte, este apelo ao exercício de responsabilidade é o contrato que nós queremos estabelecer com as portuguesas e os portugueses para continuar a aumentar os rendimentos, como fizemos no ano passado”, afirmou, apontando outras áreas em que considerou que o Governo pode apresentar resultados, como o Serviço Nacional de Saúde ou a educação pública.

Antes, o líder do CDS-PP, Nuno Melo, avisou que hoje não estaria presente na tarde de campanha no Porto por ter “o debate mais difícil desta campanha”, referindo-se à participação no programa humorístico de Ricardo Araújo Pereira.

Se Montenegro passou as mensagens de “tranquilidade e confiança” nos portugueses, ao presidente dos democratas-cristãos coube reiterar os alertas de que só a concentração de votos na AD permitirá estabilidade política.

“Há um ano tínhamos boas sondagens e estávamos confiantes, mas no final dos votos contados vencemos, mas por perto de 60 mil votos”, salientou.

Por isso, avisou que “quem quer estabilidade, moderação, não pode mesmo arriscar”, apelando quer a eleitores do Chega, quer da IL.

“Cada voto no Chega, cada voto na IL, só deixará o PS mais próximo de governar”, disse.

Por outro lado, Melo classificou o PS liderado por Pedro Nuno Santos como “o mais radical dos últimos anos”, realçando que este partido nada tem a ver com o de Mário Soares.

“Este é o PS que quer governar perdendo, esta é a AD que só governará ganhando”, afirmou.

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