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Legislativas no Bangladesh no final de 2025 ou início de 2026, anuncia Yunus

O prémio Nobel da Paz, que assumiu a chefia de um governo provisório no Bangladesh em agosto, depois da fuga de Hasina, na sequência de um movimento de protesto, estava sob pressão crescente para fixar uma data.
Dhaka, Bangladesh
16 Dezembro 2024, 07h43

O dirigente interino do Bangladesh, Muhammad Yunus, anunciou hoje, quatro meses depois da queda da ex-primeira-ministra Sheikh Hasina, que as eleições legislativas vão decorrer no final de 2025 ou no início de 2026.

“A data das eleições poderá ser marcada para final de 2025 ou no primeiro semestre de 2026”, declarou Yunus, numa declaração difundida pela televisão estatal do país.

O prémio Nobel da Paz, que assumiu a chefia de um governo provisório no Bangladesh em agosto, depois da fuga de Hasina, na sequência de um movimento de protesto, estava sob pressão crescente para fixar uma data.

O “banqueiro dos pobres”, de 84 anos, enfrenta o que descreveu como o desafio “extremamente difícil” de liderar as reformas democráticas neste país do sul da Ásia com cerca de 170 milhões de habitantes.

A antecessora, que governou o país com mão de ferro, fugiu de helicóptero para a Índia a 05 de agosto, quando os manifestantes invadiram o palácio do primeiro-ministro em Daca, depois de semanas de manifestações.

Os anos de Hasina no poder foram marcados por violações generalizadas dos direitos humanos, incluindo detenções em massa e execuções extrajudiciais de opositores políticos.

O Governo de Hasina foi igualmente acusado de politizar os tribunais e a função pública, bem como de organizar eleições desequilibradas, a fim de desmantelar os controlos democráticos do poder.

Yunus criou comissões para supervisionar uma série de reformas que considera necessárias e os partidos políticos devem chegar a acordo sobre uma data para as eleições.

“Ao longo do meu mandato, tenho insistido que as reformas devem ser implementadas antes da realização das eleições”, afirmou.

“Se os partidos políticos concordarem em realizar as eleições numa data anterior com reformas mínimas, como a criação de uma lista eleitoral irrepreensível, as eleições poderão realizar-se antes do final de novembro”, acrescentou.

Mas, na opinião de Yunus, a inclusão da lista completa de reformas eleitorais vai atrasar as eleições em vários meses.

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