O leilão offshore que está a ser preparado por várias entidades públicas e pelo Governo vai ter lugar no último trimestre deste ano com quatro lotes distribuídos pelo norte, centro e sul num total de dois gigawatts (500 megawatts por lote).
As primeiras áreas a avançar vão ser Viana do Castelo, Figueira da Foz (dois lotes) e Sines (ainda a confirmar).
A revelação foi feita hoje pelo diretor-geral da Direção-Geral de Recursos Marítimos (DGRM) durante uma apresentação na conferência da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).
Segundo a apresentação, as áreas previstas ocupam uma área total de 3.400 km2, 6% do mar territorial do continente, 0,71% da Zona Económica Exclusiva (ZEE).
Recorde-se que o grupo de trabalho para o planeamento e operacionalização de centros eletroprodutores baseados em fontes de energias renováveis de origem ou localização oceânica tem até ao dia 31 de maio para entregar o seu relatório. Serão a partir destas conclusões que o Governo vai definir as regras do leilão.
Estes 10 gigawatts de eólica offshore vão necessitar de 30 a 40 mil milhões de euros de investimento, sendo a maior fatia do valor total de 60 mil milhões de euros previstos em investimentos no sector energético até 2030.
Das oito áreas previstas atualmente pelo Governo, duas destinam-se a instalar tecnologia fixa: as bases dos aerogeradores são fixados ao fim do mar, em zonas onde a profundidade máxima atinge os 50 metros: Matosinhos (181 km2 para instalar 995 megawatts) e a área de jurisdição portuária do porto de Sines (10 km2 para instalar 53 megawatts). Estas duas áreas contam com um total de 191 km2 para instalar mais de mil megawatts.
Seguem-se as seis áreas para instalar centrais flutuantes em locais onde as profundidades variam entre os 75 metros e os 200 metros) que vão de Viana do Castelo até Sines num total de 3.200 km2, numa potência de 10 gigawatts. A saber: Viana do Castelo (663 km2 para dois gigawatts), Leixões (463 km2 para 1,5 gigas), Figueira da Foz (1.238 para 4 gigas), Ericeira (256 km2) e Sintra/Cascais (84 km2) para 1 gigawatt, e Sines (499 km2 para 1,5 gigas).
E qual a distância mínima que estas áreas ficam de terra? Viana do Castelo (18,9 kms), Leixões (37,5 kms), Figueira da Foz (35 kms), Ericeira (10,5 kms), Sintra/Cascais (10,6 kms), Sines área norte (16,5), Sines área sul (15,5 kms), Matosinhos (3,5 kms), Sines (área de jurisdição portuária (1,8 kms).
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