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Leitura é arma poderosa contra ignorância

Estudo revela que os hábitos de leitura se refletem no bom aproveitamento escolar. Nunca é demais lembrar.
18 Maio 2019, 20h00

A leitura ocupa o quinto lugar  nos tempos livres das crianças portuguesas, com apenas 26% das referências. O número consta de um estudo realizado pelo Plano Nacional de Leitura 2027 em parceria com a McDonald’s Portugal e mostra quão longe estamos de saber aproveitar aquela que é uma poderosa ‘arma’ contra a ignorância.

Em defesa da leitura, a 23 de abril, Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, alunos e professores partiram da Praça Luís de Camões rumo aos armazéns do Chiado, espalhando a palavra, a alegria e a música pelas ruas de Lisboa.

Instituída pela Unesco em 1995, a data pretende promover o livro, os autores, os ilustradores e os editores e presta homenagem à obra de escritores, como Shakespeare e Cervantes, falecidos em abril de 1616.

“ManiFESTA-te pela leitura” foi o nome dado ao desfile. Teresa Calçada, Comissária do Plano Nacional de Leitura 2027, referiu-se à leitura como “uma causa de todos nós”. A professora, que esteve na origem da criação das redes de bibliotecas municipais e escolares, defendeu que “ler é algo que não se pode perder”. E, embora aplaudindo qualquer tipo de leitura em qualquer suporte, ergueu bem alto a voz, proclamando: “Viva o livro em papel!”

O documento em questão, cuja sondagem foi conduzida pela empresa de estudos de mercado GFK, junto de um universo de mil pais com filhos entre os 5 e os 15 anos, revela também que 86% das nossas crianças e jovens lê, pelo menos, uma vez por semana. E que os livros de aventuras e os clássicos infantis em suporte papel são os preferidos das crianças.

A principal conclusão, porém, é que a percentagem de crianças com bom aproveitamento escolar é superior junto das crianças com hábitos de leitura. Quem lê não tem dúvidas sobre isso. Como podia ler-se no cartaz, orgulhosamente exibido por aquela professora que descia a rua Garrett: “Com a leitura chegamos onde queremos sem precisar de sair de onde estamos”.

Artigo publicado no “Educação Internacional” do Jornal Económico a 10-05-2019

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