O Diretor do Serviço de Ortopedia do SESARAM (Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira), Anacleto Mendonça, disse esta quinta-feira, durante a Comissão de Inquérito ao Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Nélio Mendonça, que as licenças de maternidade são um direito, “mas temos de ver onde estamos para poder exigir esse direito”.
O médico disse isto a propósito de um caso específico, trazido pelo deputado Élvio Sousa, do Juntos pelo Povo, de uma médica ortopedista que saiu do serviço porque a administração do SESARAM não lhe deu autorização para prestar “auxílio à criança (filho)”.
Anacleto Mendonça referiu ainda, a este respeito, que, apesar de mais de 50% dos médicos do serviço de ortopedia, 6 médicos dos 11 que existem neste serviço, por já terem mais de 55 anos, poderiam não fazer mais urgência, mas que isto seria um problema. Ou seja, para o médico “toda a gente tem direitos, mas temos de ver onde estamos”. Querendo dizer que se o serviço precisa, os médicos devem esquecer os seus direitos, incluindo as licenças de maternidade.
O Diretor do Serviço de Ortopedia do SESARAM afirma que há poucos médicos no seu serviço e que apesar dos 3 concursos abertos mais recentemente, não houve nenhum interessado. Para Anacleto Mendonça, não se trata de uma questão de incentivos, nomeadamente económicos, para que os médicos queiram trabalhar na Região, pois acredita que isso não faria diferença, trata-se sim, na opinião deste médico, de questões familiares e de proximidade com os seus.
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