O presidente do conselho de administração do Crédito Agrícola, Licínio Pina, antevê que num período de dez anos a banca estará dotada de competências para avaliar novos critérios na concessão de financiamento, que incluem critérios ambientais.
No observatório “Economia circular: Desafios e oportunidades para a economia portuguesa”, organizado pelo Crédito Agrícola em parceria com o Jornal Económico, Licínio Pina defendeu a necessidade da banca estar “sensibilizada para estas questões” da economia circular.
“É preciso que o crédito seja apreciado neste conceito de economia circular e não linear. Temos que olhar em termos de ambiente: o que é que a empresa faz aos seus desperdícios? Reutiliza-os? Simplesmente coloca-os no aterro? Essas questões são absolutamente essenciais para o futuro”, disse esta terça-feira.
Para o presidente do Crédito Agrícola, “o banco tem aqui um importante papel, ao impedir que se comentam crimes ambientais ao não financiar estas empresas que não cumprem certos critérios”. “Daqui por dez anos, os bancos estarão dotados da capacidade de analisar essas atividades sobre uma empresa”, anteviu.
Já a vice-presidente da direção da Associação Smart Waste Portugal, Ana Isabel Trigo de Morais, alertou para a necessidade de criar “infra-estruturas para poder gerir e recolher os resíduos para poder recolher e transforma-los em matéria-prima”.
“Precisamos de reguladores com competência, capacidade e recursos para regular. É fundamental que a regulação funcione se não não temos um quadro equilibrado da atuação de todos”, explicou, acrescentando que os “custos reais de uma regulação que fique aquém daquilo que deveria ser o seu papel”.
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