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Líder diz que CDS é oposição irredutível ao PS mas não se vai entrincheirar

“Privilegiamos em primeiro lugar o superior interesse nacional, mas não temos equívocos, o CDS é oposição irredutível ao Partido Socialista. Os nossos parceiros tradicionais, com quem já tivemos oportunidade de reunir, são os militantes sociais-democratas”, vincou Francisco Rodrigues dos Santos
22 Fevereiro 2020, 16h15

O líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, afirmou hoje que o partido é “oposição irredutível” ao PS mas sublinhou que os democratas-cristãos não se vão entrincheirar nem entrar em jogos partidários quando estiver em causa o interesse nacional.

Em Amares, distrito de Braga, Rodrigues dos Santos sublinhou que os “parceiros tradicionais” do CDS são “os militantes sociais-democratas” mas que o partido não deixará de dialogar no quadro parlamentar “com todas as forças políticas”.

“Se esperam que este CDS se entrincheire, que olhe para o jogo partidário e que esqueça o interesse nacional, podem acreditar que não estamos cá [para isso]”, referiu.

Comentando a reunião que a nova direção do CDS manteve esta semana com o PS, Francisco Rodrigues dos Santos disse que os portugueses esperam que haja “bom senso e relações cordiais e institucionais” entre os partidos políticos.

“Privilegiamos em primeiro lugar o superior interesse nacional, mas não temos equívocos, o CDS é oposição irredutível ao Partido Socialista. Os nossos parceiros tradicionais, com quem já tivemos oportunidade de reunir, são os militantes sociais-democratas”, vincou.

O presidente do CDS disse que o partido não oposição ao país, pelo que manterá diálogo com todos os outros partidos para conseguir fazer as propostas que apresentar no quadro parlamentar.

No entanto, apelou a que não haja “nenhuma confusão” sobre o espaço político que cada força ocupa.

“Somos um partido de direita, responsável, patriótica e não vamos defraudar as expectativas das nossas bases de apoio”, garantiu.

Em Amares, o recém-eleito líder do CDS visitou o Festival do Sarrabulho e percorreu, durante mais de uma hora, todas as mesas, uma a uma, conversando com a população, tirando fotos e distribuindo beijos e abraços.

“Eu disse no congresso que o meu escritório seriam as ruas de Portugal e que a minha Assembleia seria o país”, referiu, sublinhando que o CDS “está preocupado em crescer no país”.

Afirmou que, com duas semanas e meia de nova liderança, o CDS já inverteu a “tendência de queda” e disse acreditar que o partido “vai recuperar o seu estatuto político” e o seu “peso na nossa democracia”, dando voz “a um povo de direita que não quer agitadores do medo nem discursos de ódio”.

Sobre se o Governo aguentará os quatro anos, Francisco Rodrigues dos Santos disse que não quer faz futurologia, adiantando apenas que “o CDS estará preparado para ter eleições quando elas tiverem lugar”.

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