[weglot_switcher]

Líder do CDS-PP diz que adiamento das eleições autárquicas deve ser discutido “no verão”

O líder democrata-cristão considera que, nessa altura, o país será capaz de tomar “uma decisão mais ponderada e razoável” sobre um eventual adiamento das eleições autárquicas e que, até lá, deve-se aguardar pela evolução da pandemia e do plano de vacinação.
António Pedro Santos/Lusa
15 Fevereiro 2021, 15h43

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, afirmou esta segunda-feira que o adiamento das eleições autárquicas deve ser discutido “no verão”. O líder democrata-cristão considera que, nessa altura, o país será capaz de tomar “uma decisão mais ponderada e razoável” sobre um eventual adiamento das eleições e que, até lá, deve-se aguardar pela evolução da pandemia e do plano de vacinação.

“Vamos aguardar pela evolução da situação da pandemia e também do plano de vacinação. No verão estaremos todos em condições de tomar, com a devida antecipação, uma decisão mais ponderada e razoável sobre o adiamento das eleições autárquicas”, referiu Francisco Rodrigues dos Santos, à margem de uma visita aos bombeiros de Ponte de Lima, no distrito de Viana do Castelo.

O coordenador autárquico nacional do CDS-PP, Fernando Barbosa, já tinha admitido, na passada sexta-feira, estar “sensível às preocupações que se prendem com a realização das eleições autárquicas no calendário normal”, mas assinalou que, neste momento, “o país deve estar concentrado em garantir que o combate à pandemia seja eficaz e que a vacinação seja célere e decorra sem desvios”.

“O CDS irá acompanhar com atenção a evolução da situação pandémica e do processo de vacinação nos próximos meses, considerando que a ponderação do adiamento das eleições autárquicas deverá ter lugar em momento posterior, quando for possível obter dados mais consistentes sobre a pandemia e o número de vacinados na altura em que se prevê que o ato eleitoral ocorra”, escreveu numa nota enviada às redações.

Em cima da mesa está um projeto de lei do Partido Social Democrata (PSD), que prevê o adiamento das autárquicas por 60 dias, ou seja, dois meses. A proposta é que, em vez de se realizarem no período entre 22 de setembro e 14 de outubro, as eleições se realizem entre 22 de novembro e 14 de dezembro, para que os candidatos autárquicos possam contactar diretamente com os eleitores durante a campanha.

O Partido Socialista (PS) já veio fechar a porta a um entendimento alargado nesse sentido. O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, rejeita a hipótese de as autarquias ficarem em “gestão corrente”, durante o intervalo entre o fim dos mandatos atuais e uma eventual nova data das eleições, e recusa-se a empurrar as autárquicas para a altura da discussão do Orçamento do Estado para 2022 no Parlamento.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.