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Líder parlamentar do PCP defende que “restrições ao Programa de Estabilidade não são para cumprir”

O Partido Comunista (PCP) defendeu esta quarta-feira que, naquilo que depender do partido, “as restrições ao Programa de Estabilidade não são para cumprir”, tal como não foram cumpridas em 2015.  O líder parlamentar comunista, João Oliveira, acusou o PSD e CDS de estarem de acordo com o PS e o Governo na aceitação das imposições da União […]
24 Abril 2019, 13h04

O Partido Comunista (PCP) defendeu esta quarta-feira que, naquilo que depender do partido, “as restrições ao Programa de Estabilidade não são para cumprir”, tal como não foram cumpridas em 2015.  O líder parlamentar comunista, João Oliveira, acusou o PSD e CDS de estarem de acordo com o PS e o Governo na aceitação das imposições da União Europeia (UE) e quando, defendeu, a prioridade devem ser os portugueses e os problemas nacionais.

“Naquilo que depender do PCP, as restrições ao Programa de Estabilidade não são para cumprir tal como não foram as que estavam no Programa de Estabilidade apresentado em 2015, pelo Governo do PSD e CDS, que se tivessem sido levadas à prática, teriam mantido salários e pensões cortados e agravado os cortes, teriam agravado as condições de vida e dos transportes públicos, teriam mantido sobretaxas e cortes nas pensões e níveis de imigração que já teriam atingido mais de 1 milhão de portugueses”, afirmou João Oliveira, no debate do Programa de Estabilidade, no Parlamento.

O líder da bancada do PCP defendeu que, no depender do PCP, a prioridade vão ser as respostas aquilo que são “os problemas nacionais, os direitos dos trabalhadores e do povo, o desenvolvimento do país e não a submissão às imposições da UE”.

“Este debate revela com uma grande clareza uma das convergências mais negativas para o país, que é a convergência da submissão, que junta PSD, PS e CDS na submissão a todas as imposições da UE contra os interesses do país, contra os interesses do povo português, afirmou. “O PSD e o CDS querem marcar diferenças em relação ao Governo, mas estão muito de acordo em relação ao Governo em tudo aquilo que estrutura o Programa de Estabilidade e estrutura as opções do PS e do Governo”.

João Oliveira salientou que o PSD e o CDS “não criticam o facto de o Governo quer gastar, por ano, 7 mil milhões de euros a pagar juros da dívida, em vez de utilizar esse dinheiro renegociando a dívida para desenvolver o país e resolver os problemas nacionais” e “não criticam o facto de o Governo apontar para 2023 níveis de investimento público inferiores aos de 2010”.

“Este debate permitiu também a afirmação de que há alternativa a essa convergência da submissão e é uma alternativa de libertação do país, de progresso e de desenvolvimento nacional, na base da alternativa patriótica e de esquerda que o PCP trouxe a este debate, com a iniciativa que apresentou”, referiu, notando que essa alternativa é a da “libertação do país de todos esses constrangimentos e das amarras do défice e da dívida para uma política de progresso e de desenvolvimento”.

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