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Líder sindical da PSP Pedro Magrinho vai integrar lista do Chega por Setúbal

O polícia e presidente da Federação Nacional dos Sindicatos da Polícias vai ser número dois da lista do Chega por Setúbal, apesar de o Tribunal Constitucional ainda não se ter pronunciado sobre o parecer pedido pelo Governo em relação às candidaturas de forças de segurança a cargos políticos. 
10 Agosto 2019, 17h57

O polícia Pedro Magrinho vai integrar as listas de candidatos do recém-criado Chega para as legislativas de outubro. O polícia e presidente da Federação Nacional dos Sindicatos da Polícias vai ser número dois da lista do Chega por Setúbal, apesar de o Tribunal Constitucional ainda não se ter pronunciado sobre o parecer pedido pelo Governo em relação às candidaturas de forças de segurança a cargos políticos. 

O nome de Pedro Magrinho surge em segundo lugar na lista do Chega por Setúbal, logo após o de Nuno Afonso, vice-presidente do Chega, que é cabeça de lista do círculo eleitoral. Ao Jornal Económico, André Ventura, líder do Chega, explica que o partido não pode esperar mais pelo parecer do Tribunal Constitucional, sob pena de “ficarem parados” ou ficarem atrás dos restantes partidos.

No final de maio, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou que iria pedir ao Tribunal Constitucional para que avaliasse as candidaturas de elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) a eleições. Em causa estava a integração de dois polícias na lista da coligação Basta, da qual o Chega fazia parte, às eleições europeias: agente da PSP Pedro Magrinho (agora proposto por Setúbal) e Peixoto Rodrigues, presidente do Sindicato Unificado da Polícia.

O Tribunal Constitucional, no entanto, ainda não emitiu qualquer parecer sobre o assunto.

“Seria estranho que estas candidaturas fossem aceites para as europeias e não fossem aceites agora”, defende André Ventura, que considera que “os polícias não podem ter os seus direitos diminuídos”.

Nas listas do Chega para as legislativas de outubro está também o militar de GNR Hugo Ermano, que vai ser cabeça de lista pelo Porto. Hugo Ernano está a ser alvo de um processo disciplinar por ter aceitado ser candidato independente nas listas do partido Chega e pode vir a ser expulso da GNR.

Um parecer do gabinete jurídico da Direção Nacional da PSP, emitido em maio, dava conta de que não era permitida a candidatura de agentes da PSP às eleições europeias, mas a Direção Nacional daquela polícia veio um dia depois contrariar o parecer.

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