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Liga de surf portuguesa foi a única no mundo a retomar. Encaixe pode chegar a 110 milhões de euros

Regresso do surf português envolve 50 trabalhadores (a laborar nos dias de competição) e mais de 20 empresas (indiretamente envolvidas na preparação da competição) que viram as suas atividades retomadas e seus rendimentos serem repostos.
30 Junho 2020, 12h54

O regresso da Liga Meo Surf, a única no mundo a retomar a temporada nesta fase, mereceu uma cobertura editorial mediática mais de duas vezes superior ao período homólogo do ano passado, tendo como consequência um alcance potencial de mais de 110 milhões de euros, bem como a promoção de Portugal como um país seguro aos olhos do mundo.

A principal competição nacional de surf em Portugal foi a primeira em todo o mundo da modalidade a ser retomada. No plano doméstico, foi a terceira modalidade a retomar a competição de cariz nacional, juntando-se ao futebol e ao motociclismo. Foi possível aos surfistas portugueses retomar as suas vidas profissionais, ritmo competitivo, retorno aos seus patrocinadores e reposição dos seus rendimentos por via dos prémios monetários.

Francisco Rodrigues, presidente da Associação Nacional de Surfistas, vê com grande satisfação o regresso do surf e afirma que “vemos um conjunto significativo de pessoas a voltarem a trabalhar em prol do melhor Surf em Portugal, assim como os seus efeitos positivos na retoma ativa da sociedade portuguesa”.

Segundo a Associação Nacional de Surfistas, a realização de uma competição da elite do Surf em Portugal tem um impacto positivo no regresso à vida profissional de equipas multidisciplinares. Inclui a produção da transmissão integral para televisão ao longo de três dias, a produção logística do evento, e demais agentes económicos relacionados (produção de materiais, equipas de conteúdos e media, entre outros). Envolve ainda os grupos económicos dos patrocinadores e todas as equipas técnicas envolvidas.

Em termos gerais, mesmo numa solução de competição sem público e suprida da sua agenda social, cerca de 50 trabalhadores (diretamente envolvidos nos dias de competição), acrescendo mais de 20 empresas (indiretamente envolvidas na preparação da competição) viram as suas atividades retomadas e seus rendimentos serem repostos.

A disputa das três etapas planeadas (Figueira da Foz, Ericeira e Sintra) tem como objetivo adicional produzir efeitos positivos na indústria da hotelaria e restauração. O contributo torna-se relevante no regresso das dinâmicas ao nível das economias locais e turismo doméstico.

A Liga MEO Surf, a principal competição de Surf em Portugal que define os títulos máximos de campeões nacionais, vai prosseguir nos dias três a cinco de julho, no Allianz Ericeira Pro.

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