Este esquema consiste em receber apenas um toque de um número “estranho” e a chamada termina, sem que a pessoa consiga chegar a atender. O objetivo é que a pessoa retorne a chamada, acabando por ficar “dentro” da rede dos praticantes desta fraude, resultando em contas de telefone com valores exorbitantes, meses depois.
A Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) adiantou, em declarações ao Expresso, estar-se “perante uma tentativa de fraude, que configura um caso de polícia”, alertando as pessoas “para não devolverem chamadas de números desconhecidos”.
Um cliente contou ao Expresso o seu caso: recebeu uma chamada do número +688 016 402, identificado como Tuvalu. Perante esta situação e conhecendo este tipo de esquemas e burlas, a pessoa em questão decidiu contactar, via Facebook, a NOS, tendo a operadora afirmado que tinha respondido à mensagem privada enviada.
Na mesma altura em que contactou a NOS através da rede social, o cliente tentou, também, falar com o serviço de apoio ao cliente, mas sem sucesso. Só ao fim de um dia é que o cliente conseguiu contactar a NOS, explicou a situação e foi-lhe assegurado que receberia uma chamada de volta para esclarecer o ocorrido. A chamada foi recebida uma semana depois.
Surgiu, então, a desconfiança por parte do cliente que afirmou que, segundo o tipo de resposta e a hora a que foi dada, pensa que a operadora de comunicações está a utilizar os chatbots (um programa de Inteligência Artificial que simula um ser humano na conversação) do Facebook Messenger.
Cansado da “falta de interesse”, conta o jornal diário, o cliente decidiu cancelar o contrato pela falta de confiança “numa empresa que não parece minimamente preocupada com a segurança dos clientes”. Desta forma, o Expresso contactou a operadora, recebendo uma resposta no próprio dia, em formato de declaração.
Dizia a resposta: “A NOS analisa e trata todas as reclamações e questões que lhe são apresentadas pelos seus clientes, independentemente do canal de entrada das mesmas, o que acontecerá também no caso concreto, sendo que, tratando-se de uma alegada situação de fraude, a mesma será cuidadosamente analisada por forma a acautelar os interesses do cliente e da própria empresa”.
O mesmo já sucedeu com outras operadoras de comunicação, como a UZO, a Vodafone e a Meo, diz o jornal.
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