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Limehome prevê superar as 600 unidades este ano em Portugal

Coimbra, Braga, Guimarães, Aveiro e Évora estão no mapa da empresa alemã, cidades onde prevê entrar ainda em 2025, diz ao Jornal Económico (JE) Daniel Hermann, ‘chief growth officer’ da limehome. 
30 Maio 2025, 18h01

A limehome, operador de apartamentos turísticos baseados em tecnologia, prevê superar as 600 unidades este ano em Portugal, deixando claro o objetivo de continuar a crescer em Lisboa e no Porto, este último a porta de entrada da empresa de Munique no mercado português, em 2022. 

Coimbra, Braga, Guimarães, Aveiro e Évora estão no mapa da empresa alemã, cidades onde prevê entrar ainda em 2025, diz ao Jornal Económico (JE) Daniel Hermann, chief growth officer da limehome. 

“Portugal é um dos mercados prioritários para a limehome no sul da Europa pela elevada procura turística que tem ao longo de todo o ano, tanto a nível internacional como nacional. Existe um grande potencial de crescimento fora de Lisboa e do Porto, em regiões com boas ligações e com uma interessante oferta cultural e natural, como Coimbra, Braga, Aveiro, Alentejo e todo o Algarve”, explica o mesmo responsável.

Olhando para Lisboa, uma das grandes apostas da limehome no panorama europeu – está presente em 13 mercados no continente -, a Baixa, o Chiado, o Príncipe Real e a Avenida da Liberdade apresentam-se como as localizações mais estratégicas para a operadora. Importa destacar um projeto com abertura prevista para 2028/2029, onde irão nascer 57 apartamentos: a  reconversão de uma antiga fábrica em ruínas, em Alcântara. 

“O Porto é a segunda cidade mais relevante, para nós, devido à forte procura turística e à componente empresarial significativa do norte do país. Cidades como Coimbra, Braga, Guimarães, Aveiro e Évora destacam-se pelo crescimento da procura e pela menor concorrência profissionalizada. Temos, também, grande interesse no Algarve, pela elevada procura internacional, embora tenhamos em conta a forte sazonalidade”, continua Daniel Hermann, que chegou à limehome em 2022.  

E como é que a empresa bávara projeta o seu crescimento em território português, onde conta com mais de 300 unidades contratadas? 

“Queremos continuar a consolidar a nossa presença em Lisboa e no Porto, colaborando tanto com proprietários institucionais como com investidores de menor dimensão. Para 2025, pretendemos estabelecer parcerias locais que nos permitam acelerar o crescimento, tanto na capital como noutras localizações. Para tal, estamos em contacto com promotores, proprietários, mediadores e investidores institucionais”, revela ao JE.

Os planos passam pelo alargamento da sua rede de parceiros, que Daniel Hermann classifica como “fundamental para concretizar o ambicioso plano de expansão” da limehome. “Importa ainda referir que, graças à introdução de tecnologia e de padrões operacionais profissionais, conseguimos operar edifícios com apenas 10 unidades em cidades como Évora”, acrescenta.

Convidado a analisar a evolução daquele que é o seu oitavo país, considerado a ordem de início de operação, o chief growth officer da limehome alude a “uma forte profissionalização do setor”, por um lado, e à “entrada de vários operadores internacionais”, por outro. “Verificámos, também, um aumento do interesse por parte de fundos e investidores institucionais, tanto para valorizar ativos que já detêm no país, como para adquirir novos projetos. As recentes alterações na regulamentação aplicável ao Alojamento Local, que afetam sobretudo os modelos não profissionalizados, beneficiaram operadores como a limehome. No entanto, também se registou um aumento da concorrência e uma subida nos preços das rendas”, explicou.

Sublinhando que o “principal motor” da sua atividade “é, naturalmente, o turismo”, Daniel Hermann diz que a empresa tem “plena confiança de que a procura continuará a crescer nos próximos anos”.

“Ainda que as rendas aumentem e o mercado se torne mais competitivo, o nosso modelo de negócio digital, com tecnologia desenvolvida internamente para automatizar cerca de 95% dos processos diários, permite-nos reduzir custos operacionais, oferecendo uma proposta mais competitiva em termos de rendas e um produto mais atrativo em localizações premium para os nossos hóspedes, assegurando sempre uma experiência de elevada qualidade”, analisou.

A Alemanha é o principal mercado da limehome, onde soma mais de seis mil apartamentos contratados. Espanha apresenta-se, também, como um importante mercado, com um portfólio de 750 unidades operacionais e 950 já contratadas. Além de França, onde iniciou atividade recentemente, Áustria, Países Baixos, Bélgica, Hungria, Itália, Grécia, República Checa e Suíça estão entre os mais de 10 mercados da limehome, a par do Reino Unido, onde Londres concentra as atenções da empresa.

“Esta expansão internacional é fundamental para a limehome por três razões principais: permite-nos diversificar o risco e o acesso a mercados em crescimento; beneficia da escalabilidade do nosso modelo digital; e, por fim, reforça a nossa credibilidade junto de investidores internacionais. Prova disso é o facto de estarmos frequentemente a repetir colaborações com os mesmos gestores de investimentos imobiliários em diferentes países”, salienta, ainda, o mesmo responsável.

Em 2024, a limehome anunciou que conseguiu duplicar a faturação de 2023. “Alcançámos a rentabilidade em Portugal em apenas dois anos, assim como em outros países europeus. O nosso modelo tem sido bem recebido tanto pelos clientes como pelos investidores, o que tem impulsionado este crescimento constante”, comentou na altura Ricardo Fernandez, diretor-geral da operadora para os mercados espanhol e português.

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