[weglot_switcher]

Linha entre Évora e Elvas vai cortar quase 300 sobreiros e mais de mil azinheiras

O projeto de construção do subtroço ferroviário entre as povoações de Freixo e Alandroal avança sem que tenha sido apresentada proposta de medidas compensatórias.
13 Março 2020, 08h35

A construção da linha de caminho de ferro entre Évora e Elvas vai fazer com que quase 50 hectares cobertos por montado de sobro e de azinho se vejam ‘despidos’ das suas árvores, escreve o jornal “Público” na edição desta sexta-feira.

Assim, foi autorizado o abate de 297 sobreiros e de 1.375 azinheiras com argumento da “imprescindível utilidade pública”, segundo o despacho nº3227-A/2020. A expropriação dos solos em causa é vista com potencial de “maior riqueza e bem-estar social e obtenção de ganhos ambientais”, segundo o despacho nº3227-A/2020.

Segundo o mesmo diário, a solicitação de abate dessas árvores foi feita pela Infraestruturas de Portugal (IP), que se encontra em “fase de definição” de quais os locais que, futuramente, “irão ser destinados às arborizações”.

O projeto de construção do subtroço ferroviário entre as povoações de Freixo e Alandroal avança sem que a IP tenha apresentado uma proposta de medidas compensatórias.

A IP procedeu a 21 de janeiro à assinatura do auto de consignação da empreitada a um consórcio de empresas espanholas a construção de um novo troço ferroviário com 20,5 quilómetros de extensão entre Évora Norte e Freixo, que integra o futuro Corredor Internacional Sul.

A construtora espanhola Comsa, mais a sua participada portuguesa Fergrupo, associadas a outra construtora do país vizinho, a Constructora San José, formaram o consórcio que ganhou este concurso, no valor de 46,6 milhões de euros. A IP assinalou que esta intervenção insere-se no âmbito do programa de modernização da rede ferroviária nacional, Ferrovia 2020.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.