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Casas de luxo: Lisboa entra no top-20 e supera Paris e Berlim nos aumentos dos preços

Capital portuguesa ocupa o 18º lugar do Prime Global Cities Index da mediadora Knight Frank, com o preço das casas a aumentar no terceiro trimestre, face ao período homólogo, acima dos valores de Berlim, Dublin, Paris.
15 Dezembro 2025, 07h00

A cidade de Lisboa continua a ser uma das mais atrativas para investir em habitação de luxo. Prova disso está o facto da capital portuguesa ter visto os preços deste segmento residencial subir 3,1% no terceiro trimestre, face ao período homólogo, e de 0,6% se compararmos com o trimestre anterior, que permite ocupar o 18º lugar do ‘Prime Global Cities Index’ da mediadora Knight Frank, parceira da portuguesa Quintela + Penalva, que avalia a evolução dos preços de imóveis prime em 46 cidades a nível mundial.

Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva, afirma que “estes dados evidenciam a capacidade de crescimento, de captação de investimento e de resiliência de Lisboa. Demonstram igualmente que, ao longo dos últimos anos, a cidade tem vindo a consolidar-se como um destino de referência do mercado residencial de alta qualidade”.

De resto esta subida dos preços no segmento prime em Lisboa, contraria a tendência de um abrandamento conjuntural no mercado residencial deste segmento, que no terceiro trimestre verificou um aumento global de 2,5%. Liam Bailey, Global Head of Research da Knight Frank, refere que “o crescimento dos preços prime arrefeceu para o ritmo mais lento em dois anos, à medida que a desaceleração nos cortes de taxas limita o desempenho global”.

Este desempenho de Lisboa iguala o registo de Frankfurt, e supera o aumento de preços em várias cidades como Berlim (2,7%), Dublin (2,3%), Paris (1,4%) ou Londres que registou uma quebra de 3,6%, “devido ao custo de financiamento e pela sensibilidade do mercado às expectativas macroeconómicas”, pode ler-se no documento.

O relatório da Knight Frank aponta que Lisboa está a beneficiar de uma procura estruturalmente superior à oferta disponível, uma maior atratividade para compradores internacionais, apesar de ajustes recentes no enquadramento fiscal, e ainda estabilidade relativa face à volatilidade observada noutras capitais europeias.

“Acreditamos que os preços em Lisboa e noutras regiões do país, como Comporta, Cascais – Estoril ou Porto, continuam a apresentar potencial de valorização nos próximos anos. Este dinamismo resulta não apenas da elevada qualidade dos novos projetos em desenvolvimento e da crescente procura por parte de investidores nacionais e internacionais, que procuram mercados sólidos, seguros e sustentáveis”, salienta Francisco Quintela.

O continente europeu apresenta um quadro de estabilidade moderada: Madrid (+6,1%), Zurique (+5,4%), Genebra (+4,2%). A cidade de Tóquio lidera este ranking com um aumento trimestral anual de 55,9%, impulsionada pela escassez de oferta e efeitos cambiais associados ao enfraquecimento do iene e uma subida de 30,2% em relação ao segundo trimestre.

A cidade de Seul na Coreia do Sul ocupa a segunda posição, com um aumento no terceiro trimestre de 25,2%, seguindo-se Bangalore, na Índia com uma subida de 9,2%, Dubai (+8,5%) e Mumbai, na Índia com um crescimento de 8,3% a completarem o top-5 mundial.

Apesar de ter registado uma quebra no segundo trimestre de 6,9%, o Dubai continua a ser o mercado mais forte nos últimos cinco anos, com uma valorização acumulada de 198%, seguida por Tóquio (115%) e Manila (81%).

O estudo aborda ainda o mercado chinês, que continua fraco, devido à estratégia governamental de diversificação do crescimento económico. “O governo chinês desviou intencionalmente o foco do setor imobiliário para a indústria de alta tecnologia e para o consumo interno como motores de crescimento económico. Hong Kong mostra os primeiros sinais de recuperação após cortes de juros”, indica o relatório.

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