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Lisboa junta-se a Los Angeles como mercado “sólido” de casas de luxo

Preços do mercado residencial de luxo estão a subir a nível global e de acordo com o estudo “Prime Global Cities Index”, a capital portuguesa destaca-se neste crescimento a par de mercados sólidos como Berlim, Genebra e Los Angeles.
3 Setembro 2025, 12h29

Lisboa mantém a tendência de crescimento no mercado residencial de luxo em 2025 e de acordo o índice Prime Global Cities, que revela os preços deste mercado a nível global, a capital portuguesa encontra-se entre destinos sólidos de investimento tal como Berlim, Genebra e Los Angeles.

No ranking de 46 cidades avaliadas pelo Prime Global Cities Index, Lisboa surge em 21.º lugar, com uma valorização anual de 3,1%. Assim, o desempenho de Lisboa coloca a capital portuguesa ao lado de mercados sólidos como Berlim (3,2%), Genebra (4,2%) e Los Angeles (3,9%).

“Lisboa continua a merecer a atenção de investidores nacionais e internacionais, e a contínua subida de preço reflete também a pouca oferta de produto”, refere Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva | Knight Frank.

Liam Bailey, Global Head of Research da Knight Frank, refere que “apesar da pressão das taxas de juro e do abrandamento global, Lisboa continua a demonstrar resiliência no segmento residencial de luxo, sustentada pelo interesse internacional e pela oferta limitada em localizações premium”.

A nível global, os preços dos mercados residenciais de luxo a nível global registaram uma subida média de 2,3% nos últimos 12 meses até junho de 2025.

Apesar de mais de 75% das cidades analisadas terem apresentado crescimento, este ritmo representa um ligeiro abrandamento, sentido desde finais de 2023, refletindo as incertezas em torno da evolução da política monetária e do adiamento dos cortes nas taxas de juro nos principais mercados globais.

Cidades em destaque a nível mundial

Seul lidera o ranking, com um crescimento anual de 25,2%. Tóquio e Dubai seguem em forte valorização, com 16,3% e 15,8%, respetivamente.

Entre os mercados europeus, Madrid (+6,4%) e Zurique (+5,4%) mostram um desempenho robusto.

Nos EUA, Los Angeles (+3,9%) e São Francisco (+2,9%) mantêm uma trajetória positiva, em contraste com Nova Iorque (0%).

O estudo refere ainda que a evolução futura dos mercados de luxo continuará intimamente ligada à política monetária global. Apesar da inflação controlada em várias economias, a ausência de cortes substanciais nas taxas de juro mantém os custos de financiamento elevados, o que atua como travão ao crescimento mais acelerado dos preços.

“Os mercados de luxo estão a fazer uma pausa coletiva. A recuperação recente foi sustentada pela expetativa de custos de financiamento mais baixos, mas com esse horizonte adiado, um arrefecimento no crescimento dos preços é inevitável”, reforça Liam Bailey.

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