O presidente da câmara de Lisboa disse hoje que a “fábrica de unicórnios do mar” vai ser importante para tornar a cidade num polo de empresas de energia limpa, conhecidas como clean tech.
Carlos Moedas afirmou que colocou recentemente a primeira pedra na Doca de Pedrouços para o “maior projeto de inovação na área dos oceanos”. “Podemos fazer unicórnios, transformar este conhecimento em produto”, destacou, sobre o investimento de 31 milhões de euros junto ao rio Tejo, num discurso no Fórum Luso-Espanhol sobre a Descarbonização que decorreu em Lisboa.
Sobre a fábrica de unicórnios do Beato destacou que “num ano, conseguimos atrair 11 unicórnios”. No local, operam agora 200 startups.
No discurso, também revelou que estava a tentar fechar um acordo na autarquia para mudar as lâmpadas de rua da cidades para lâmpadas led, que consome menos eletricidade.
“Dois anos a tentar mudar lâmpadas para lâmpadas LED. Foi uma luta enorme. Vamos mudar 16 mil luminárias para lâmpadas LED, com uma poupança de 80% para a cidade. Demorou quase dois anos de burocracia para aqui chegar. Às vezes quando a política se mete nestes caminhos, estas mudanças têm um pouco de sonho, mas algo de muito real e concreto. Tudo isso são mudanças que impactam as pessoas”, afirmou.
Durante o evento, sublinhou que o objetivo é tornar a cidade carbono zero nas próximas décadas.
Deu o exemplo dos passes gratuitos para menores de idade e idosos: “80 mil pessoas que andam gratuitamente de transportes, houve uma duplicação da procura. 15% da população de Lisboa não paga transporte publico”.
Por outro lado, destacou a compra de 388 autocarros para a Carris, com “76% da frota amiga do ambiente”.
Recordou que a autarquia conseguiu reduzir para metade o número de trotinetes na capital, de 16 mil para oito mil, depois de falar com os operadores.
O autarca também recordou que está em curso a “maior obra invisível da transição energética”. “Vamos ter os maiores túneis de drenagem da Europa”, afirmou sobre os dois túneis que vão ter um custo de 140 milhões de euros, com reservatórios para armazenar 17 mil metros cúbicos de água.
“Esta água vai ser usada para regar plantas, lavar a cidade. Ter a cidade mais limpa através dessa água, que vai ficar acumulada em Campolide quando as grandes chuvas chegarem”, afirmou.
Por último, Carlos Moedas recordou a conversa que teve com o Papa Francisco, onde o Santo Padre disse que o tema para as Jornadas Mundiais da Juventude em Lisboa será a transição ecológica e que era preciso “cuidar da nossa casa comum”.
“Vão haver mais espanhóis em Lisboa do que portugueses entre 1 e 6 de agosto”, afirmou, em espanhol, sobre as Jornadas Mundiais. “É preciso cuidar da nossa casa comum, Europa e Ibéria”.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com