A Litehaus, a startup que disponibiliza casas em 3D e com tecnologia modular, fechou uma ronda de investimento pre-seed de 1,46 milhões de euros, com participação da Explorer Investments, Cornerstone VC, Pascal Levy-Garboua e Claster Group, para resolver uma das crises mais urgentes atuais: o acesso à habitação em Portugal.
A plataforma da Litehaus funciona como um sistema operativo para a construção de habitação. Permite aos clientes planear, orçamentar e visualizar os seus projetos sem necessidade de experiência prévia, conecta os projetos a uma rede diversificada de arquitetos, empreiteiros e designers, coordena equipas, prazos e custos em tempo real, e garante total visibilidade, menos atrasos e surpresas indesejáveis.
A startup conta com contratos de quatro milhões de euros e cerca de 300 milhões potenciais, revela a startup.
“Não construímos casas — construímos o ecossistema e a infraestrutura que tornam a construção de casas escalável”, diz Thibault Launay, cofundador da Litehaus.
Este modelo já está a dar frutos pois a Litehaus assinou 17 contratos com clientes B2C no valor de 4 milhões de euros e oito MOUs (memorandos de entendimento) com outros promotores imobiliários, com um potencial de construção superior a 296 milhões de euros. A startup já ajudou a edificar duas casas e vai apoiar a construção de mais quinze.
A startup tecnológica levantou recentemente uma ronda pre-seed de 1,5 milhões de euros que contou com a participação da Explorer Investments (um dos maiores fundos de investimento portugueses, com 1,7 milhões de euros sob gestão), da Cornerstone VC, de Pascal Levy-Garboua e do Claster Group.
Este financiamento será aplicado na aceleração do desenvolvimento da sua plataforma que ajuda proprietários de terrenos e imóveis a construir 30% mais barato, 40% mais rápido e 60% mais sustentavelmente – comparativamente ao processo tradicional –, reforçar a equipa nas áreas de produto, marketing e operações, e consolidar a sua posição como uma das startups de construção tecnológica com crescimento mais rápido da Europa.
Fundada em 2024 por Simi e Thibault Launay, a Litehaus nasceu de uma experiência pessoal do casal a construção da sua própria casa em Portugal, marcada por 14 meses de atrasos, 20% de aumentos orçamentais e a difícil coordenação de 10 empreiteiros. Hoje, a Litehaus está a criar um novo paradigma na construção residencial com uma plataforma tecnológica que liga todas as partes do processo – planeamento, profissionais, execução e entrega – numa única solução digital e escalável, explica a startup.
Rodney Appiah, Managing Partner da Cornerstone VC diz que a “escassez de habitação em Portugal desencadeou uma crise, aumentando o custo de vida à medida que a casa própria se torna cada vez mais inacessível. Quando conheci o Thibault e a Simi, fiquei impressionado com a sua visão: tornar o processo de construir uma casa tão simples quanto comprá-la. A Litehaus alia transparência, sustentabilidade e confiança num setor que tem urgência em mudar. Estamos entusiasmados por apoiar esta missão”.
A cofundadora Simi Launay diz que “sempre quis construir negócios que mudassem a vida das pessoas. Disponibilizar habitação acessível à escala não é apenas uma oportunidade de mercado — é uma das formas mais significativas de criar um impacto real e duradouro”.
Com sede em Portugal, a Litehaus opera também em Espanha, Estónia e EUA, sendo que o foco concentra-se principalmente em Portugal e Espanha. A empresa distingue-se de outras soluções no mercado por combinar uma abordagem asset-light e full-stack, que integra a componente de construção mediante impressão 3D, numa proposta que alia tecnologia, eficiência, sustentabilidade e uma experiência centrada no cliente.
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